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Quinta-feira é marcada por manifestações contra feminicídio em sete cidades de Mato Grosso

Nos primeiros 18 dias do ano, ao menos três mulheres foram brutalmente assassinadas no Estado. Em 2023, foram 49

Sete cidades de Mato Grosso registraram atos contra o feminicídio nesta quinta-feira (18). Em Cuiabá, a concentração ocorreu na praça Ulisses Guimarães, localizada na avenida do CPA, em frente ao Pantanal Shopping. Cabe ressaltar que só em janeiro de 2024, três mulheres foram brutalmente assassinadas em decorrência violência de gênero.

No dia 7 de janeiro, Dinamar Ferreira da Silva foi assassinada a pauladas pelo próprio companheiro em Comodoro (631 km de Cuiabá). À ocasião, o suspeito deixou a mulher morta na residência onde o casal morava e voltou para seus afazeres como se nada tivesse acontecido.

No final da tarde,  quando pessoas que participavam de uma confraternização na fazenda onde ele trabalhava como caseiro foram embora, o executor enterrou o corpo da vítima nos arredores de um galinheiro na propriedade. No dia seguinte, pela manhã, fugiu utilizando a motocicleta Honda Bross de seu patrão. Cerca de uma semana depois, na segunda-feira (15), ele se apresentou na Delegacia do município e foi preso.

Também na segunda-feira (15),  Francisca Alves do Nascimento foi morta a facadas pelo ex-marido, em frente a rodoviária de Lucas do Rio Verde (331 km de Cuiabá). Diversos curiosos passaram pelo local, mas ninguém parou para ajudá-la. O crime foi registrado por câmeras de monitoramento presentes no local.

Pelas imagens, é possível ver a vítima chegando ao encontro do assassino. Em seguida, ela começa a ser agredida por ele, que desfere várias facadas contra a mulher. Francista ainda tentou lutar contra o agressor, mas acabou sendo rendida no chão.  A ação durou cerca de dois minutos. A mulher chega a se levantar depois de ser esfaqueada deixando rastros de sangue no chão.

Ela foi socorrida e levada até a emergência do Hospital São Lucas, mas segundo boletim de ocorrência, ela já chegou morta na unidade.

No dia seguinte, na terça-feira (16), o corpo da jovem trans Mayla Rafaela Martins de apenas 22 anos foi localizado, enrolado numa lona, em uma fazenda entre os municípios de Lucas do Rio Verde e Sorriso. Ela foi morta com golpes de faca e teve o corpo desovado no local pelo seu algoz, o empresário Jorlan Cristiano Ferreira de 44 anos. Ele foi preso em flagrante horas depois que o cadáver foi encontrado.

Amigas de Mayla relataram que o empresário estava mantendo relações sexuais com ela, mas passou a apresentar um comportamento agressivo depois de ela dizer que iria voltar para Várzea Grande, onde morava.

Esses três casos chocaram a população e ocorreram apenas nos 18 primeiros dias do ano. Em 2023, foram 49 vidas de mulheres ceifadas pela violência de gênero. Por isso,  os manifestantes fizeram uma série de requerimentos ao Poder Público para diminuir os números de feminicídio no Estado.

Direcionado ao Tribunal de Justiça, o grupo pediu que o Judiciário parasse de conceder prisão domiciliar aos autores de crimes desta natureza. Ao Governo de Mato Grosso, os manifestantes requisitaram a implementação de um Plano Estadual de Políticas Públicas para as Mulheres. Por fim, solicitaram ao Tribunal de Contas do Estado para que o órgão cobre a execução de programas em prol das mulheres.

O Manifesto por justiça para as mulheres de Mato Grosso foi assinado por mais de 100 entidades ligadas à causa. Além da Capital, o ato foi realizado em Várzea Grande, Cáceres, Pedra Preta, Lucas do Rio Verde, Sinop e Juína.

Não há informações sobre quantas pessoas aderiram ao movimento nos sete municípios.

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