Unidades prisionais de Mato Grosso continuam sendo os “escritórios do crime” e faccionados com penas superiores a 100 anos de reclusão comandam as ações criminosas e têm informações privilegiadas da movimentação de presos nas demais prisões do Estado.
Fato é constatado durante a investigação das forças de segurança que def lagraram a operação “Dissidentes” para prender 23 criminosos pertencentes a duas facções que disputam o tráfico de drogas em municípios da região centro norte do estado e ordenaram a matança de membros dissidentes do Comando Vermelho (CV) que formaram a Tropa do Castelar.
Interceptações telefônicas que subsidiaram as investigações ao longo de dois meses colocam um dos líderes do CV, facção predominante no Estado, como o principal articulador do tráfico nos municípios de Sorriso e Sinop (420 e 500 km ao norte) e região.
Leonardo dos Santos Pires, também conhecido como “Sapateiro”, apontado como um dos “conselheiros” do CV, membro da cúpula da organização, cumpre pena na Penitenciária Central do Estado (PCE).