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Ex-miss MT é acusada de manter 20 homens em trabalho escravo

A ex-Miss Mato Grosso Taiany Franca Zimpel é acusada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) de manter 20 trabalhadores em condições análogas à escravidão em uma propriedade rural localizada em Nova Maringá (a 370 km de Cuiabá).

Os trabalhadores, que atuavam no corte e empilhamento de madeira da empresa T.F. Zimpel, de propriedade de Taiany Franca Zimpel, foram resgatados por uma força-tarefa no dia 15 de setembro.

Segundo o MPT, eles estavam submetidos a condições de extrema vulnerabilidade, com alojamentos precários, ausência de água potável para consumo e higiene, falta de registro em carteira e não pagamento de salários. Entre as vítimas estava um adolescente de 17 anos.

Taiany foi eleita Miss Mato Grosso em 2016 e, em 2024, recebeu o título de Miss Mato Grosso Internacional. Nas redes sociais, ela compartilhava publicações típicas do universo da moda e concursos de beleza, com imagens glamourosas, drinks, looks e faixas de miss.

Reprodução

No entanto, também era comum ver registros em propriedades rurais. Em uma postagem de fevereiro de 2025, ela procurava um caminhão para transporte de madeira. Já em outubro de 2024, anunciava a venda de lenha nativa “de alta qualidade”.

Reincidência

Essa não é a primeira denúncia envolvendo a empresa T.F. Zimpel. Conforme o site Brasil de Fato, em setembro de 2024, um trabalhador ingressou na Justiça com uma reclamação trabalhista e ação por danos morais contra a empresa, que na época estava registrada em nome de Elton Renato Hollenbach Zimpel, pai de Taiany.

O processo apontava acúmulo de funções, falta de pagamento e alojamentos em condições precárias.

As denúncias coincidem com a situação encontrada pelo Ministério Público durante a recente fiscalização na fazenda.

De acordo com fotografias divulgadas pelo MPT, os trabalhadores dormiam em camas improvisadas, com colchões velhos e sujos sobre tábuas e toras de madeira.

Um único barraco, construído com lona e madeira, abrigava 13 homens. Nenhum equipamento de proteção individual (EPI) ou coletivo era disponibilizado para a execução das tarefas.

Outro grupo de trabalhadores dormia em redes, em um ambiente sem ventilação, onde dividiam espaço com tambores de óleo e combustíveis, em condições igualmente degradantes.

Sanções e acordos

A família Zimpel foi sancionada com multa de R$ 1 milhão por dano moral coletivo, valor que será destinado ao Projeto Ação Integrada – Mato Grosso (PAI/MT), iniciativa voltada ao combate ao trabalho escravo no estado.

Eles também terão de pagar verbas salariais e rescisórias no valor total de R$ 418 mil

Além disso, a empresa e os responsáveis pela propriedade firmaram um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), comprometendo-se a cumprir uma série de obrigações legais. Caso novas irregularidades sejam constatadas, multas adicionais serão aplicadas.

 

Fonte – Agência da Notícia com Mídia News

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