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MT registra 7,5 mil casos de pistolagem na década

Em 10 anos foram registradas 7.550 ações de pistolagem por disputa de terra em Mato Grosso. Os dados foram divulgados pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) e compreende os anos de 2014 a 2023. De ameaças, destruição de patrimônio até mortes, os casos no Estado estão relacionados no relatório anual “Conflitos no Campo Brasil 2023”.

Entre os anos de 2022 e 2023, houve um aumento de 17% nestes registros, que passaram de 256 casos de pistolagem em 2022, para 301 em 2023. Os números revelam ainda 739 conflitos por área neste período, sendo os fazendeiros responsáveis por 30% dos conflitos que causaram violência. Os indígenas foram os que mais sofreram violência, 57,5% das ocorrências. Cristiano Cabral, coordenador da CPT em Mato Grosso, destaca um aumento histórico nos últimos anos dos casos de pistolagem.

Segundo ele, a ação ocorre quando há uma contratação, por parte de fazendeiros e empresários, dos pistoleiros para amedrontar. “É uma ação de intimidar famílias ou de fato de ações violentas, agressões ou até morte, como ocorreu em 2017, com a chacina de nove trabalhadores em Colniza”, comenta.

Nessas ações, diz Cabral, geralmente há registros de destruição de barracos, de pertences e até de plantações. “Há algumas regiões com mais intensidade do que outras, por exemplo, onde o agronegócio é mais forte. Temos um dado de que 15% dos municípios de Mato Grosso têm registros de conflitos. A maior, são áreas que enfrentam processos de grilagens por parte de fazendeiros que ocupam a área de forma ilegal”.

O coordenador enfatiza que o relatório traz um respaldo da situação no campo. “Mostra de fato como uma situação não resolvida ainda no Mato Grosso cria uma consequência de uma ação violência contra as pessoas, tornando no Mato Grosso, mesmo sendo um do estado onde o agronegócio é muito forte, tem uma ação ainda que é secular, que é uma terra como se fosse lei. Ainda acontece a pistolagem, assassinato, o trabalho escravo e se destacando entre outros estados do país. O relatório é uma forma de denúncia”, completou.

DADOS

Casos de violência contra a ocupação e posse de terras resultaram em 40 ocorrências e envolveram 3.057 famílias em Mato Grosso. Com relação à violência contra a pessoa, houve uma morte registrada, seis ameaças de mortes, além de uma prisão, e agressão contra 30 pessoas. No total, foram 51 conflitos registrados com 20.660 pessoas envolvidas.

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