O Ministério da Saúde ampliou o público da vacina HPV e a partir deste mês, meninos de 9 a 14 anos poderão tomar essa vacina. Além disso, temporariamente, o imunizante da meningocócica ACWY será ofertada para adolescentes não vacinados de 11 a 14 anos.
Essa vacina contra meningite já estava disponível para adolescentes de 11 e 12 anos. A partir de agora, até junho de 2023, adolescentes de 13 e 14 anos também poderão se vacinar.
Já para a vacina HPV, a mudança é permanente e inclui meninos de 9 e 10 anos de idade, entre o público adolescente que já tinham indicação de receber a vacina. Desta forma, iguala a indicação da vacina para meninos e meninas, permitindo a vacinação contra HPV de qualquer pessoa de 9 a 14 anos de idade, independentemente do sexo.
Distribuição
A Pasta já distribuiu aos estados a vacina meningocócica ACWY (Conjugada). A indicação é tomar uma dose ou reforço, conforme situação vacinal, para adolescentes de 11 a 14 anos. A faixa etária em maior risco de adoecimento para a doença é a de crianças menores de um ano de idade, no entanto, os adolescentes e adultos jovens são os principais responsáveis pela manutenção da circulação da doença.
Além disso, pesquisas apontam que é nos adolescentes que as vacinas meningocócicas demonstram uma resposta imune mais robusta, com persistência de anticorpos protetores por um prolongado período.
Essas evidências embasaram o Programa Nacional de Imunizações (PNI) a incluir no Calendário Nacional de Imunizações a administração de doses de reforço com as vacinas meningocócicas conjugadas na adolescência.
Já a vacinação contra o HPV em adolescentes é utilizada por mais de 100 países em seus programas nacionais de vacinação e vários deles já possuem estudos de impacto desta estratégia, com resultados positivos no que diz respeito à prevenção e redução das doenças ocasionadas pelo vírus, como câncer do colo do útero, vulva, vagina, região anal, pênis e orofaringe.
O Ministério da Saúde frisa que é importante garantir que todos estejam com as vacinas em dia. Nos últimos anos há um cenário de baixas coberturas vacinais, situação que se agravou a partir de 2020 com a pandemia de Covid-19.