Às vésperas da abertura do prazo para as convenções partidárias, as peças do tabuleiro político em Mato Grosso começam a marcar posições. O que todos já esperavam – a busca do governador Mauro Mendes pela reeleição – se confirmou ontem, ao mesmo tempo em que o senador Carlos Fávaro (PSD), que também poderá disputar o governo, demonstrou ter sentido o impacto negativo da sua adesão à frente esquerdista liderada pelo PT.
Confirmado
Mauro Mendes (União Brasil) confirmou ontem (segunda, 18) sua pré-candidatura à reeleição ao governo do Estado nas eleições de 02 de outubro próximo. O anúncio ocorreu à noite, na sede do partido, em Cuiabá, ao lado da esposa e primeira-dama estadual, Virgínia Mendes, e junto ao senador Jayme Campos (União Brasil) e de Wellington Fagundes (PL), pré-candidato à reeleição no Senado Federal.
Segundo publicado pela imprensa da capital, o governador disse que tomou a decisão após criteriosa avaliação. “Neste final de semana, fazendo a última reflexão, eu resolvi aceitar colocar meu nome à disposição para disputar o governo do estado de Mato Grosso”, declarou.
Golpe sentido
O senador Carlos Fávaro, do PSD, demonstrou ontem ter sentido o impacto negativo de sua decisão (conjunta, com o deputado federal Neri Geller, do PP) em compor com a Federação PT, PCdoB e PV.
A adesão de PP e PSD ao bloco de esquerda foi repudiada em Mato Grosso, especialmente pela classe produtora, em manifestações através de entidades ligadas ao setor.
Assim, em nota divulgada à imprensa (veja, ao final do texto) e assinada por Fávaro, o PSD autorizou a neutralidade de seus pré-candidatos às proporcionais a optarem pelo apoio a outras frentes que não seja, necessariamente, a esquerdista.
Categoricamente, a neutralidade declarada pelo PSD expõe divergências internas na sigla quanto à adesão à esquerda, desarmonia poderá significar frustrações e obstáculos aos possíveis eleitos quando do exercício dos mandatos legislativos.