A quantia estava pouco acima do ganho geral dos brasileiros, de R$ 1.893, mas era a última dentre os estados da região Centro-Oeste. Brasília liderava o ranking nacional com renda domiciliar de R$ 3.357; o vizinho Mato Grosso do Sul tinha renda média de R$ 2.030 (7ª posição) e Goiás, R$ 2.017 (8ª).
O que é renda per capita?
A renda per capita familiar é um cálculo usado para medir quanto cada membro de uma família ganha. A renda de todos é somado e resultado distribuído por cada pessoa, para se chegar à média.
Um exemplo: numa família com 3 pessoas trabalhando, uma ganha R$ 1.400, outra R$ 2.500, e a terceira, R$ 1.900. A soma de todas as rendas dá R$ 5.800. No cálculo da renda per capita, a soma é dividida entre os 3 membros e se tem a média de R$ 1.930.
O cálculo pode ser usado para saber se uma pessoa tem o direito a receber assistência financeira de governos, como o Bolsa Família. Também é usado para medir o desenvolvimento e a qualidade vida por região, estado ou cidade.
“A renda per capita é considerada um indicador do padrão de vida. Às vezes, um determinado país, região, tem um PIB (Produto Interno Bruto), a soma de bens produzidos em um ano, elevado, mas muitos habitantes, então a qualidade de vida tende a ser para baixo”, explica o economista Fernando Henrique da Conceição Dias.
Medida abrangente
Conforme o economista, a renda per capita mais alta nem sempre equivale a um padrão melhor. Um exemplo em números: Mato Grosso tem 3,6 milhões de habitantes, com renda média de R$ 1.991; São Paulo, com 12,3 milhões de pessoas, tem ganho médio de R$ 2.492, o segundo no país.
Fernando Henrique diz que os economistas não veem como suficiente somente a renda per capita para avaliar a qualidade de vida em escala mais larga que o estado ou cidade.
“O cálculo da renda per capita mostra muita disparidade, ele é importante de forma regional, mas quando é usado mais abrangente, os números não são adequados”, comenta.