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Faltam armazéns para armazenar safra em MT, mas isso é um &#39problema bom&#39

 

 

Os produtores mato-grossenses estão com dificuldade em armazenar o milho colhido e o cereal já é armazenado ao ar livre em algumas fazendas. O economista Vitor Galesso aponta que esse é um problema antigo que ocorre nas colheitas, já que Mato Grosso cresce sua produção de forma vertiginosa, mas a capacidade de armazenagem não aumenta na mesma proporção.

Por outro lado, Vitor pontua que esse é um “problema bom”, que pode ser solucionado com a atração de novos investimentos industriais, o que pode gerar maior valor agregado à produção, além de gerar empregos, renda e aumentar a arrecadação do Estado.

“Eu diria que é um problema bom, porque ele está apresentando uma questão de necessidade de investimento em um setor crescente. Não vejo isso como, digamos assim, de forma negativa. É uma questão que o estado está enfrentando, mas acho que isso é uma grande oportunidade de investimento”, afirma Vitor, em entrevista ao Estadão Mato Grosso.

Vitor acrescenta que esse problema de armazenamento deve persistir por, pelo menos, os próximos 10 anos, pois Mato Grosso ainda tem muita terra degradada que pode ser ocupada pela produção, com recuperação do solo e adoção de tecnologia para aumentar a produtividade das lavouras. O aumento da produção, destaca Vitor, pode ocorrer sem desmatar a Amazônia.

Vitor explica que a função dos silos de armazenagem é justamente acomodar essa produção, para que o agricultor consiga vender em momentos mais vantajosos. Porém, diante da alta demanda mundial pelo cereal, o produtor está mais preocupado em produzir. Somado a isso, a comercialização da safra costuma ocorrer de forma antecipada.

O boletim semanal do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) aponta que a colheita da safra 2021/22 já está em torno de 94%, segundo dados coletados até a última sexta-feira (22). Já a comercialização da safra está em 63%. O boletim aponta, portanto, que há um atraso na comercialização desta safra, o que poderia estar influenciando na falta de espaço para armazenamento.

Somado a isso, a colheita neste ano está 22 pontos percentuais mais avançada em relação à safra anterior.

“A colheita avançada, somado a produção recorde de grãos para a safra 21/22 e atrasos nas comercializações de soja e milho no estado, são fatores que estão contribuindo para acentuar os problemas com o déficit de armazenagem em Mato Grosso. Nesse sentido, a falta de armazém no estado vem contribuindo para o despejo a céu aberto nos pátios dos armazéns”, diz o boletim.

Vitor aponta, entretanto, que esse atraso na comercialização está dentro da normalidade. A produção de milho nesta safra deve atingir 39 milhões de toneladas, mas cerca de 14 milhões de toneladas ainda não foram comercializadas.

“Grandes produtores acabam segurando ou acelerando, de acordo com a sua vantagem financeira. Eu diria que está dentro de um nível de normalidade, essa flutuação do mercado”, conclui.

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