Conteúdo/ODOC – A Black Friday 2023 realizada na última sexta-feira (24), foi um fracasso para o comércio online no Brasil. Segundo levantamentos da Confi.Neotrust, as vendas registraram a segunda pior marca da história da data no país, que é realizada desde 2010. O resultado refletiu o baixo desempenho das compras de celulares, eletrodomésticos e informática, que foram afetadas pelo custo elevado e pela oferta restrita de crédito.
O cenário acende a luz amarela no setor para os números do Natal, principal data do calendário comercial. Entre a véspera e o dia seguinte à Black Friday, foram R$ 4,5 bilhões em vendas -14,4% abaixo em relação a 2022. Na sexta-feira, especificamente, o volume comercializado teve queda anual de 13 pontos percentuais.
Por outro lado, cosméticos, alimentos e bebidas e moda subiram 26,7%, 6% e 7%, respectivamente, fomentado pelos grandes marketplaces estrangeiros de tíquetes mais baixos e altamente promocionais.
O gasto médio por compra nesta Black Friday atingiu R$ 675,36, com uma estabilidade sobre 2022 (0,1% menor do que em 2022).
Os possíveis “vilões” do desempenho ruim da Black Friday deste ano são o aumento no endividamento das famílias, além de descontos abaixo do esperado pelos consumidores.
A Black Friday se tornou um importante evento do comércio brasileiro há 13 anos. O pior desempenho das vendas do período foi em 2022, quando a queda representou entre 23% a 34% no segmento online. O desempenho das vendas das lojas físicas não entrou na conta.
Em Mato Grosso, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) apontava gasto médio de R$ 2.396,22, mas nas lojas físicas. Os resultados das vendas ainda não foram divulgados.
Segundo o jornal Valor Econômico, as promoções online têm sido limitadas, com um menor número de produtos na Black Friday. Essa é uma forma de o varejo proteger rentabilidade e reduzir custo de capital, após a alta da taxa Selic que encarece estoques parados. A taxa básica de juros está em 12,25%.
