De cada 10 ex-alunos de graduação tecnológica do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), nove estão empregados. São profissionais que não só garantiram seu espaço no disputado mercado de trabalho, como também superaram o rendimento médio nacional, de 2,42 salários-mínimos.
Segundo a Pesquisa de Egressos 2020-2022, a renda média salarial de quem cursou o tecnólogo na instituição é de 3,27 salários-mínimos. Se pegarmos como base o valor de 2021, de R$ 1.100, isso significa um salário médio de R$ 3.600.
Outra boa notícia é que 67,6% estão trabalhando na área de formação. O dado é importante porque, infelizmente, não é a regra para quem tem até um ano de formado e porque há um incremento salarial considerável. Na comparação da renda média de quem trabalha na área e quem não trabalha, o ganho é de 23,5%.
Investimento no futuro
“Os números mostram que apostar na educação profissional e tecnológica continua sendo o melhor investimento no futuro, especialmente em momentos de crise”, afirma o superintendente de Educação Profissional e Superior do SENAI, Felipe Morgado.
Os últimos dois anos ficaram marcados pela pandemia e pelas taxas recordes de desemprego e informalidade. Foi nessa conjuntura adversa que os egressos da graduação tecnológica alcançaram os melhores índices desde 2017. Vale lembrar que o país registrou uma taxa de ocupação média de 55,6% em 2021.
O bacharelado, que é outra modalidade de graduação, também teve resultados positivos. O SENAI começou a ampliar o portfólio de cursos e o diagnóstico é promissor. Dos ex-alunos, 78,7% estão empregados, 73,1% atuam na área de formação e a renda média salarial é ainda maior que a do tecnólogo e a nacional: 3,57 salários-mínimos, ou R$ 3.900.
“Tanto o portfólio quanto os currículos dos cursos do SENAI são elaborados com base nas tecnologias que estão sendo utilizadas pelas empresas e nas competências requeridas para o trabalhador. Esse modelo de oferta é que garante um profissional alinhado com as necessidades do setor produtivo”, justifica Morgado.
Forma mais tradicional de graduação, o bacharelado tem duração de quatro a seis anos. Já o tecnólogo é mais curto, podendo durar de dois a três anos, e tem bastante foco na prática. Independentemente do tipo de curso, a preferência das empresas por estudantes do SENAI é quase consenso: das 1.841 empresas ouvidas na pesquisa de egressos do biênio 20-22, 1.677 (91,1%) preferem os egressos da instituição em uma nova contratação.