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73% do desmatamento em MT é ilegal, segundo dados do Inpe

Os dados de desmatamento do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) foram analisados pelo ICV (Instituto Centro de Vida) e divulgados neste mês no Portal de Inteligência Territorial

Entre agosto de 2022 e julho de 2023, o desmatamento acumulado na Amazônia e no Cerrado de Mato Grosso foi de 2.506,2 km², sendo que em 73% dos casos ocorreu de forma ilegal, segundo dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), que foram analisados pelo ICV (Instituto Centro de Vida) e divulgados neste mês no Portal de Inteligência Territorial.

Foto: Ilustrativa | Crédito: ICV

De acordo com o ICV, as informações apontam que o perfil do desmatamento em Mato Grosso, tanto na Amazônia quanto no Cerrado, é predominantemente ilegal e altamente concentrado.

Apesar de uma queda de 14% no desmatamento sem autorização, quando comparado ao mesmo período do ano anterior, para o ICV o número ainda está longe de refletir as expectativas frente ao aumento da fiscalização e sinaliza o predomínio da “sensação de impunidade” entre os desmatadores.

Números

Em números absolutos, 1.817,5 km² do desmatamento registrado entre agosto de 2022 e julho de 2023 foi ilegal, frente aos 688,7 km² de desmate legal.

Dados desmatamento porcentagem MT
Dados do desmatamento em MT. (Gráfico: ICV)

No mesmo período do ano anterior, as taxas foram de 2.120 km² e 573 km², respectivamente. A relação dos dados nos últimos anos revela uma diminuição da supressão vegetal de forma ilegal e respectivo aumento do desmatamento autorizado.

Para a coordenadora do ICV, Ana Paula Valdiones, os dados mostram que o reforço da repressão ao desmatamento por parte do Estado resultou na diminuição da supressão ilegal. Contudo, a efetiva responsabilização do infrator ainda é morosa, o que reforça a sensação de que os crimes ambientais passam impunes.

A coordenadora ressaltou que assim como fiscalizar e responsabilizar o desmatamento ilegal é relevante para o combate que se fomentem práticas produtivas sustentáveis. “Atividades que garantam a manutenção dos remanescentes de vegetação nativa e gerem renda aos produtores e produtoras precisam ser fortalecidas”, disse Valdiones.

Ainda de acordo com os dados analisados pelo ICV, a maior parte do desmatamento, 1.839,3 km², foi registrada em imóveis do Cadastro Ambiental Rural, seguido de áreas não cadastradas (444,1 km²) e assentamentos (176,4 km²).

Além disso, os números revelam que mais de 40% do desmate ocorreu em dez municípios, o que revela o perfil altamente concentrado do desmate no estado.

Dados desmatamento MT por cidades
Desmatamento por município. (Gráfico: ICV)
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