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Queda de 23% marca início do calendário de desmatamento de 2026

Estado perdeu 36 km² de floresta amazônica em agosto, mês de transição, quando queimadas são frequentes

Em agosto deste ano, mês que marcou o início do calendário de desmatamento de 2025/2026, Mato Grosso registrou queda de 23% na retirada da cobertura vegetal detectada no bioma amazônico comparado ao mesmo período de 2024.

Com essa redução, o Estado ficou em quarto lugar, entre as nove unidades da Federação que compõem a Amazônia Legal.

Os dados, divulgados na terça-feira(30), são do Sistema de Alerta do Desmatamento (SAD) do Imazon, instituto de pesquisa qualificado pelo Ministério da Justiça como uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip).

O calendário de desmatamento 2025/2026 começou em agosto e se estende até julho do próximo ano.

Ao todo, a Amazônia Legal perdeu 388 km² de floresta, o que representa uma queda de 41% em comparação com o mesmo período de 2024.

“A queda do desmatamento deve ser celebrada, mas não podemos esquecer que a perda da floresta ainda persiste. O desafio agora é transformar essa diminuição em uma tendência permanente, e não em uma oscilação momentânea”, disse a pesquisadora do Imazon, Manoela Athaíde.

No território mato-grossense, foram 36 km² de floresta destruídos em agosto deste ano, contra 47 km² atingidos nos mesmos 31 dias do ano passado.

Sozinho, o Estado respondeu por 9% de toda a área devastada no bioma.

Juntos, Acre (26%), Amazonas (26%) e Pará (23%) corresponderam por 75% do total em agosto de 2025.

Localizado a 1.065 km ao Noroeste de Cuiabá, Colniza ficou em quarto entre os 10 municípios localizados na região com maior área desmatada (12 km²).

Os três primeiros lugares foram ocupados por cidades que ficam no Acre, sendo eles: Feijó (23 km²); Tarauacá (20 km²) e Rio Branco (12 km²).

Entre as unidades de conservação, a Reserva Extrativista Guariba-Roosevelt aparece em quinto dentre as mais devastadas, com 2 km².

DEGRADAÇÃO – No entanto, Mato Grosso concentrou 50% de toda a área degradada, provocada por queimadas e extração madeireira.

Em seguida aparecem o Pará, com 22%, e o Acre, com 14%.

Juntos, esses três estados somaram 484 km² de florestas degradadas, uma área maior que a cidade de Curitiba, capital do Paraná.

Entre os 10 municípios mais impactados pela degradação, três estão no Estad: Aripuanã (92 km²); Colniza (48 km²) e Cotriguaçu (22 km²).

Outros quatro estão no Pará; dois no Acre, e um em Rondônia.

No geral, a degradação florestal também apresentou uma queda significativa no mês, passando de 2.870 km² em agosto de 2024 para 559 km² em agosto de 2025.

Apesar da diminuição de 81%, conforme o Imazon, a área afetada ainda é a sétima maior da série histórica e equivale à perda de 1,8 mil campos de futebol de vegetação por dia no período.

“A baixa na degradação registrada no primeiro mês do calendário de desmatamento de 2026 é uma boa notícia. Historicamente, agosto é um mês de transição, quando as queimadas se tornam mais frequentes e intensas devido à seca, que torna a vegetação mais vulnerável à prática de fogo e a atividades de extração madeireira”, disse a pesquisadora.

Ela reforça que é necessário agir estrategicamente e manter a vigilância nos próximos meses garantindo que o calendário termine com números positivos, diferente do ocorrido em 2024, quando foram perdidos 35.426 km² de floresta, principalmente devido às grandes queimadas de setembro e outubro de 2024.

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