O descumprimento do vazio sanitário da soja foi flagrado pelo Indea em 11 municípios mato-grossenses e resultou na lavratura de 18 autos de infração. As multas aplicadas somaram R$ 1,587 milhão, considerando a UPF do mês de julho.
As irregularidades encontradas pelos fiscais foi a presença de plantas vivas de soja em 3,3 mil hectares nos municípios de Alto Araguaia, Alto Garças, Alto Taquari, Campos de Júlio, Carlinda, Nova Guarita, Nova Lacerda, Nova Maringá, Porto dos Gaúchos, Poxoréu e Primavera do Leste.
As plantas vivas podem ter sido plantadas ou mesmo não plantadas, como nas beiras de estradas, em volta de armazéns e até mesmo nas áreas que eram cultivadas com soja e que foram colhidas e posteriormente os grãos que caíram ali germinaram.
Contudo, o produtor deve se atentar e fazer a destruição das plantas no período do vazio.
Como foi em 2021?
Em 2021 foram realizadas 6.398 fiscalizações em propriedades, durante o vazio sanitário da soja. A ação alcançou 121 municípios do Estado.
Ao todo, foram emitidas 166 notificações quanto à obrigatoriedade da destruição das plantas de soja e expedidos 74 autos de infração por descumprimento do vazio sanitário.
O que é o vazio sanitário?
O vazio sanitário da soja foi instituído em Mato Grosso no ano de 2006, como uma medida fitossanitária para a prevenção da ferrugem asiática da soja, cujo objetivo é reduzir a sobrevivência do fungo Phakopsora pachyrhizi na entressafra e, assim evitar a ocorrência da doença na safra.
Neste ano, está proibida a presença de plantas vivas de soja, guaxas ou cultivadas de 15 de junho e até 15 de setembro. O calendário do plantio inicia dia 16 de setembro e segue até 3 de fevereiro de 2023.
A ferrugem asiática da soja é uma das principais doenças que acomete a cultura, causando desfolha precoce da planta, impedindo a completa formação dos grãos e a consequente queda de produtividade.