O Brasil é um país bastante típico e específico quanto aos seus carros. Apesar de não termos leis estão rígidas quanto os EUA, que obrigam modelos internacionais até a mudar de visual por conta dessas regras, nosso país também barra alguns tipos de modelos em nome da lei. Mas, existem algumas situações de modelos que são proibidos de serem vendidos por aqui por outros motivos.
Carros de passeio diesel
Basta visitar a Europa e verá um Mercedes-Benz Classe E na porta dos aeroportos fazendo um barulho típico de caminhonete. Isso porque eles possuem motores diesel, assim como uma imensa maioria de carros vendidos por lá. É que a lei brasileira impede a venda de modelos diesel que não tenham tração 4×4 com reduzida ou picapes com menos de 1 tonelada de capacidade de carga.
Para citar modelos que são vendidos no Brasil, mas que tem versões diesel na Europa, temos carros como Peugeot 208, Volkswagen Polo, Toyota Corolla, assim como todos os Mercedes, Audi e BMW. Há até mesmo esportivos com motor diesel, como Audi S5 e Volkswagen Golf GTD.
Toyota Land Cruiser
O caso do Toyota Land Cruiser é um dos mais peculiares entre os carros proibidos de serem vendidos no Brasil. Até porque ele tem sua comercialização não autorizada em qualquer país fora do Japão, onde é produzido. Por ser considerado uma ameaça à segurança global, a Toyota chega a punir quem comprar um Land Cuiser e o vender para fora do Japão.
Segundo a marca japonesa, unidades do modelo eram usadas em guerras civis no Oriente Médio, por isso proibiram a revenda do Land Cuiser com menos de um ano de uso. Quem vender, será proibido de comprar um Toyota por alguns anos. Mesmo se essa restrição fosse driblada pela Toyota do Brasil trazendo o SUV oficialmente, a fila de espera por ele chega a 2026.
Brasileiro quer e exige que qualquer caminhonete maior que uma Fiat Strada tenha motor diesel, especialmente do segmento de médias para cima. Por isso a reclamação mais constante sobre as já lançadas RAM 1500 e Jeep Gladiator ou as Chevrolet Silverado e Ford F-150 que estão por vir é sobre a falta do motor diesel.
As quatro picapes até tem versão diesel lá nos EUA, mas elas são proibidas de serem vendidas no Brasil. Isso é culpa da nossa lei que proíbe o uso de motores diesel em caminhonetes que não tenham pelo menos 1 tonelada de capacidade de carga na caçamba. Nenhuma delas carrega tudo isso lá atrás, mas a Fiat Toro consegue, que é bem menor.
Hyundai Nexo
Produzido na Coreia do Sul desde 2019 e vendido em alguns países específicos, o Hyundai Nexo é proibido no Brasil por um fator muito simples: não temos estrutura para abastecimento de carros movidos a hidrogênio. Esse tipo de tecnologia nunca foi explorada no nosso país comercialmente, por isso não há modelos como ele sendo vendidos por aqui.
O modelo usa hidrogênio para produzir eletricidade que carrega as baterias do sistema elétrico com 163 cv e 40,8 kgfm de torque. Com um tanque cheio, o Hyundai Nexo roda 570 km despoluindo o meio ambiente. Até hoje a Hyundai já vendeu mais de 10 mil unidades do SUV. Pena que esse tipo de tecnologia nunca foi usada nos carros no Brasil.
Citroën Ami
O carro elétrico mais simpático e prático de todos os tempos, o Citroën Ami, sequer pode rodar nas ruas brasileiras. Isso porque ele é classificado como um carro, mas não tem airbags duplos que são obrigatórios por lei aqui. Isso já o desclassifica automaticamente para as nossas ruas.
Lá na Europa os carros também precisam ter itens de segurança, mas a Stellantis deu um jeito de colocar o pequenino Ami como um quadriciculo e passar por baixo da lei. Com apenas 8 cv e autonomia elétrica de 70 km, o Citroën seria perfeito para os grandes centros urbanos e uma sensação entre os Faria Limers, que substituiriam seus patinetes elétricos por algo mais legal.