Aqueles homens mal-intencionados estavam diante do Mestre em busca de alguma prova ou deslize para poder acusá-Lo e condená-Lo.
Jesus sabia das intenções daqueles homens, porque Ele conhece não só as nossas atitudes como também aqueles pensamentos mais obscuros que guardamos a sete chaves em nossas mentes.
O Mestre conhecia a lei e, segundo o costume da época, era dever do marido entrar com uma ação contra a mulher e as partes envolvidas, e que ambos deveriam ser condenados igualmente. Sendo assim, aqueles homens não possuíam autorização para tal ambiente.
Ao observar o cenário, Jesus sequer dirigiu uma palavra àqueles homens acusadores, pelo contrário, Ele se abaixou, não com intuito de se curvar diante daqueles homens e mestres da lei, mas para fazer revelações sobre a vida de cada um deles.
Jesus, em contato com o chão, começou a escrever todos os pecados cometidos por aqueles homens em suas vidas. Jesus escreve na areia os erros cometidos pelos acusadores.
Eles não entenderam ou não quiseram entender e muito menos enxergar o que Cristo tinha escrito no chão daquele lugar.
“Mas o Senhor, o que diz sobre isso?” João 8:5.
Eles insistiam para que Cristo proferisse o veredito sobre a situação da mulher que tinha cometido o pecado.
Esses homens deveriam ter vergonha daquela situação, porquanto já estava nítido o que Cristo apresentava a eles. Contudo, quando as pessoas têm intenção de fazer algo contra alguém, elas não enxergam mais nada do que está à sua volta. Ficam cegas, com raiva, com ódio, e sempre desejando a destruição do outro.
Como eles insistiram por uma resposta do Mestre, a qual já estava escrita na areia e eles não quiseram enxergar, Jesus então arruma a Sua posição corporal e pela primeira vez verbaliza para aqueles homens as seguintes palavras: “Quem de vocês estiver sem pecado, que seja o primeiro a atirar uma pedra nesta mulher”.
E Jesus, novamente, com uma atitude silenciosa e discreta, se abaixa e volta a escrever com os Seus dedos naquele chão.
Quem não tem pecado, que atire a primeira pedra.
Será que a afirmação do Messias é dirigida a nós hoje? Será que, às vezes, nós não fazemos o papel daqueles acusadores? Será que mesmo tendo os sinais de que também cometemos falhas, preferimos não enxergar os nossos atos? Por que é mais fácil enxergar os erros dos outros do que enxergar os nossos próprios erros?
Jesus quase não falou nada. Ele simplesmente conduziu aqueles homens para uma sincera reflexão. Eles puderam entender que todos nós somos falhos, pecadores e que necessitamos da graça, da bondade e da misericórdia de Jesus Cristo.
Ainda bem que temos um Deus que é misericordioso e que nos ama profundamente.
Que possamos hoje reconhecer e aplicar as palavras da canção do Grupo Prisma Brasil: “Um milagre, Senhor […] Não consigo entender o que Tu vês em mim. Oh, Senhor, eu não sou o que devia ser, mas só Tu, com amor, me limpas de meu mal, esse amor é que me ajuda a seguir”.
Francisney Liberato é Auditor do Tribunal de Contas. Escritor. Palestrante. Professor. Coach e Mentor. Mestre em Educação. Doutor Honoris Causa. Bacharel em Administração, Bacharel em Ciências Contábeis (CRC-MT) e Bacharel em Direito (OAB-MT). Membro da Academia Mundial de Letras. Autor dos Livros: “Mude sua vida em 50 dias”, “Como falar em público com eficiência”, “A arte de ser feliz”, “Singularidade”, “Autocontrole”, “Fenomenal”, “Reinvente sua vida” e “Como passar em concursos – Vol. 1 e 2”, “Como falar em público com excelência”, “Legado”, “Liderança”, “Ansiedade”, “Mude sua vida em 50 dias Premium”, “Inteligência Emocional”, “Manual do Concurseiro”, “Sabedoria”, “Discípulos”, “Educação Financeira” e “Recordar é Viver”.