Há quem diga que os atos terroristas do Hamas são uma resposta “kamikaze” ou “suicida” diante da violência e das graves violações de direitos territoriais e humanos da população palestina, praticadas pelo Estado de Israel e financiadas por potências militares ocidentais. Isso caracteriza quase uma luta entre um militar de 2 metros de altura, totalmente equipado com armamento e tecnologia de última geração, e um cidadão civil subnutrido, portando apenas paus e pedras para enfrentar fuzis, o que caracteriza uma verdadeira covardia.
Essa mesma covardia, ao que tudo indica, foi potencializada em uma escala nunca vista antes na TV aberta ao vivo. O Estado de Israel, cego pela vingança pelas centenas de mortes e cidadãos sequestrados no dia 7 de outubro, iniciou um verdadeiro holocausto transmitido ao vivo para o mundo. Realizaram um cerco total à Faixa de Gaza, passando a bombardear diariamente a população civil, infraestrutura civil, escolas, hospitais e templos religiosos. Impediram a entrada de suprimentos essenciais, como água e alimentos, para mais de 2 milhões de civis palestinos residentes na Faixa de Gaza. Tudo isso sob a alegação do direito de defesa em resposta aos ataques do dia 7 de outubro, ou seja, um extermínio generalizado da população civil, com a alegada intenção de exterminar o grupo Hamas que estaria escondido no meio da população civil da Faixa de Gaza.
Pedimos o cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza e clamamos pelos direitos humanos de todos os envolvidos no conflito, seja da população de Israel ou da Palestina, afinal, todos são seres humanos.
Angelo Silva de Oliveira é mestre em Administração Pública (UFMS), especialista em Gestão Pública Municipal (UNEMAT) e em Organização Socioeconômica (UFMT), graduado em Administração (UFMT).