sexta-feira, 20 setembro 2024
- Publicidade -
Dengue
41.5 C
Nova Olímpia
- Publicidade -
abaixo de ultimas notícias

Réu por matar homem com 30 facadas e desenhar com sangue vai a júri

Juíza Marina Carlos França, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, pronunciou Juberlândio Diniz Alvarenga pelo homicídio de Roger André Soares da Silva, com 30 facadas no ano de 2022. Ele ainda desenhou na parede com sangue da vítima. O suposto serial killer “alimentava ódio a homossexuais” e é suspeito de ter cometido 3 homicídios a facadas.

O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) move uma ação penal contra Juberlândio por homicídio com as qualificadoras de motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima.

O crime contra Roger ocorreu no dia 22 de abril de 2022, após vítima oferecer carona para Juberlândio. Na casa do criminoso, jovem foi surpreendido com golpes de faca. O suspeito disse que o crime ocorreu “em nome de Jesus” como suposta forma de repreender o fato de a vítima ser homossexual.

Segundo o Ministério Público, Juberlândio apresenta “incomum periculosidade” sobretudo pela forma como o crime foi cometido e por venerar serial killers da ficção como Hannibal Lecter, Jason Voorhees e Michael Myers, personagens que ele tem tatuados no corpo.

Em julho daquele ano a denúncia contra o suspeito foi recebida. Apenas no ano seguinte, em julho de 2023, Juberlândio foi pronunciado para ser julgado pelo Tribunal do Júri, porém, sem as qualificadoras de motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima.

O MP e a defesa do suspeito recorreram e a Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) anulou a sentença de pronúncia. Por causa disso, agora a juíza Marina Carlos França realizou uma nova análise do caso.

A juíza citou provas e depoimentos como base para sua decisão. Ela destacou os relatos da mãe de Roger, Jucimar Catarina Andre Soares da Silva, que contou que seu filho tinha o costume de avisar quando entrava no serviço, porém no dia do crime isso não ocorreu. Ela saiu para buscar informações sobre Roger e acabou descobrindo sobre seu assassinato. A mãe disse que o último contato que teve com o filho foi às 19h30, quando ele lhe pediu R$ 50 para tomar cerveja.

“Com análise dos elementos produzidos nos autos e com atenção aos fundamentos e pedido das partes, compreendo que é caso de pronúncia do denunciado para ser submetida ao julgamento pelo crime de homicídio qualificado por motivo torpe, através de meio cruel e por recurso que dificultou a defesa da vítima”.

Na denúncia, o MP defendeu a qualificadora de motivo torpe porque Juberlândio “alimentava ódio a homossexuais”. Sobre a de meio cruel argumentou que houve “brutalidade incomum na execução do crime” por causa dos “30 golpes de instrumento perfuro-cortante” que “causaram sofrimento desnecessário à vítima”. Com relação à qualificadora de recurso que dificultou a defesa da vítima, destacou que Roger foi atingido de surpresa.

“Pela presença dos indícios suficientes, devem ser mantidas todas as qualificadoras descritas na denúncia […]. Pronuncio o denunciado Juberlândio Diniz Alvarenga para ser submetido a julgamento pelo Tribunal do Júri”, decidiu a magistrada.

Ela manteve o suspeito preso por considerar a “frieza e tranquilidade” que ele demonstrou após o crime, pelo risco de reincidência, por ele se identificar no status de whatsapp como “serial killer” e porque ele tentou fugir.

- Publicidade -
big master

Compartilhe

Popular

Veja também
Relacionados

Feito com muito 💜 por go7.com.br