Somente neste ano, mais de R$ 1 milhão em impostos e valores de energia elétrica consumida por meio de ligações clandestinas foram recuperados em Mato Grosso. Trinta e cinco pessoas foram presas no mesmo período pelo furto de energia, mais conhecido como “gato”, o que além de ser crime pode ser perigoso.
A prisão e recuperação dos valores fazem parte da operação “Energia Limpa”, que investiga ligações clandestinas de médio e grande porte no Estado e é realizada pela Secretaria de Estado Segurança Pública (Sesp-MT) e a concessionária Energisa Mato Grosso.
Um dos casos mais recentes ocorreu em um motel, localizado em Cuiabá. No local, peritos e especialistas da empresa constataram que o local estava com fornecimento de energia por meio de ligação direta.
Dentro do motel foram encontrados o medidor e os equipamentos que mediam a energia do imóvel e que foram retirados. De acordo com a Energisa, o responsável pelo estabelecimento vai responder pelo crime, além de pagar impostos e contas atrasadas.
Ainda neste mês, uma boate e uma distribuidora de bebidas, localizadas na região do “Zero”, no Jardim Vitória, em Várzea Grande, foram flagradas furtando energia elétrica. O responsável pelos estabelecimentos foi preso em flagrante e levado para a Delegacia Especializada de Roubos e Furtos. Ele vai responder por furto e ter que pagar cerca de R$ 127 mil entre impostos e contas atrasadas.
O gerente de combate a perdas da Energisa, Luciano Lima, reforça que furto de energia é um crime que atinge toda a sociedade. “O combate ao furto é prioridade para a concessionária, com investimento de cerca de R$ 100 milhões nesse ano, justamente por ser algo que afeta a todos”, afirmou. Só em 2023, mais de R$ 150 milhões em impostos deixaram de ser arrecadados por causa deste tipo de crime.
O furto de energia também é perigoso. Essas ligações oferecem riscos à população, uma vez que aumentam a probabilidade de ocorrências de curto-circuito e incêndios, além de outros riscos como choque elétrico, lesões graves e morte, pode prejudicar o fornecimento de energia e queima de equipamentos elétricos.
Também gera prejuízos financeiros para toda a sociedade. Parte desse valor furtado é repassado para a conta de energia dos consumidores que pagam em dia, de acordo com os limites estabelecidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e para as distribuidoras.
A concessionária possui um centro de monitoramento de fraudes e quem quiser denunciar situações suspeitas pode entrar em contato pelos canais de atendimento, um deles é o call center 0800 646 4196.