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Boulos lidera votos em presídios e unidades socioeducativas no primeiro turno

Marçal fica em segundo lugar entre essa parcela do eleitorado, e liderou no presídio Romão Gomes, onde policiais cumprem penas

O candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) foi o mais votado nas seções eleitorais instaladas em presídios e unidades socioeducativas no primeiro turno das eleições municipais, realizadas no último domingo (6). O empresário Pablo Marçal (PRTB) ficou em segundo lugar entre os presos e menores infratores.

Boulos recebeu o apoio de 234 detentos, o que representa 48.55% dos votos válidos (desconsiderando brancos e nulos) nas 14 unidades de reclusão de São Paulo. Marçal obteve 124 votos, ou 25.73% dos válidos, e liderou no presídio militar Romão Gomes, onde policiais cumprem suas penas.

Os dados foram levantados pelo portal R7, com base nas informações do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A análise considerou os votos registrados em 5 presídios civis, 8 unidades socioeducativas voltadas para menores de idade, e um centro de detenção para militares.

A deputada federal Tabata Amaral (PSB) ficou em terceiro lugar entre os votos em presídios e unidades socioeducativas, com 15.35% dos votos válidos. Ela venceu na Unidade de Internação de Itaquera, da Fundação Casa, com 16 votos.

O atual prefeito e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), foi o quarto colocado, recebendo 46 votos, ou 9.54% dos válidos entre essa parcela do eleitorado.

Houve também 84 votos em branco ou nulo entre esses eleitores, incluindo aqueles que votaram em números de partidos sem candidatos à prefeitura de São Paulo, como o 13 (PT) e o 22 (PL).

Segundo turno com mais debate

O primeiro turno das eleições municipais na maior cidade do país foi marcado por xingamentos, ataques pessoais e até agressões físicas. Grande parte dessas cenas ocorreu devido à presença do candidato Pablo Marçal (PRTB), que protagonizou polêmicas durante a campanha. Com o ex-coach fora do segundo turno, especialistas consultados pelo R7 acreditam que os debates da segunda parte da campanha, com Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL), serão mais centrados em propostas.

Daniel Pinheiro, professor de administração pública, destaca que as controvérsias do primeiro turno desviaram o foco das discussões produtivas. Isso resultou em debates superficiais sobre os desafios da cidade.
“É uma pena, porque a maior cidade do país precisava dar o exemplo na política. Mas a gente tem, vamos dizer assim, essa virada de uma população que está olhando muito para redes sociais. Isso acaba facilitando comportamentos muito populistas ou essas polêmicas aparecerem, porque, de fato, é isso que acaba sendo consumido”, analisou.

Uma das cenas mais impactantes da campanha foi a agressão durante um debate, quando o candidato tucano José Luiz Datena usou uma cadeira para atingir Marçal. O incidente ocorreu após uma troca de acusações e discussões acaloradas.
De acordo com especialistas, esses episódios polêmicos tendem a ganhar mais destaque na mente do público do que as propostas, o que ofusca discussões mais produtivas para a cidade.

“Os debates foram muito superficiais, e as discussões sobre São Paulo também ficaram rasas. Uma eleição precisa debater a cidade — que tipo de cidade queremos, como deve ser o seu futuro — e, infelizmente, isso não aconteceu. Com a saída de Marçal, temos a oportunidade de ver propostas reais sendo discutidas. É esperado que Nunes e Boulos protagonizem um debate mais sólido”, conclui.

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