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País bate recorde de queimadas e artistas se calam; Senado convocará Marina Silva

Diante do cenário aterrador gerado pelas queimadas em grande parte do território nacional, o Senado Federal convocará a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, para explicar qual o plano de contingência do governo federal para enfrentar o grande problema.

Para se ter uma ideia, só este ano, de 1º de janeiro a 26 de agosto, foram registrados 110 mil focos de incêndio em todo o país. O número representa um aumento de 78% em comparação aos 61 mil focos registrados no mesmo período do ano passado.

Incêndios simultâneos registrados em diversos locais do estado de São Paulo levaram as autoridades a suspeitarem de que possam ter sido provocados por criminosos, inclusive com algumas prisões. Mas a verdade é que as queimadas atingiram  proporções alarmantes em todo o país, afetando extensas áreas da Amazônia, do Pantanal e do Cerrado.

Ao apresentar o requerimento, aprovado na quarta-feira pela Comissão de Meio Ambiente, para que a ministra Marina Silva explique aos senadores o que está sendo feito para enfrentar essa situação, Leila Barros, do PDT do Distrito Federal, presidente do colegiado, destacou que esses eventos resultam em danos ambientais irreparáveis, perda da biodiversidade e aumento da emissão de gases de efeito estufa, além de afetarem a saúde e o bem-estar da população.

Leila lembrou ainda das consequências econômicas, já que os incêndios florestais afetam a produtividade agrícola, prejudicam o turismo e mobilizam recursos do orçamento no seu combate.

Na segunda-feira, no Plenário, após um fim de semana em que a população de várias cidades brasileiras ficou assustada com o céu cinzento e o ar quase irrespirável pela fumaça dos incêndios, Jorge Kajuru, do PSB de Goiás, também integrante da Comissão de Meio Ambiente, pediu rigor do poder público na fiscalização dos crimes ambientais. ”Os sinais de fumaça são recados claros e diretos para o poder público, que precisa estar preparado para os desafios que surgem em consequência do aquecimento global. E além do enfrentamento dos negacionistas, a situação exige rigor do poder público na fiscalização de atividades ilegais que afetam os ecossistemas e, sobretudo, o máximo de empenho para punir os autores de crimes ambientais. Cadeia para quem comete ecocídio!”, disse Kajuru.

A audiência pública com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, ainda não tem data agendada.

Vale lembrar que Marina Silva, em 2020, quando não exercia o cargo de ministra, atribuiu ao governo federal a responsabilidade das queimadas. Junto com ela, uma série de artistas, estrangeiros e brasileiros, fizeram coro. Hoje, estes mesmos artistas silenciam a respeito da tragédia ambiental.

O silêncio hipócrita dos artistas

Em 2019 e 2020, artistas estrangeiros e brasileiros, como Leonardo DiCaprio, Sophie Charlotte, Leticia Colin, Isis Valverde, Pabllo Vittar e Mariana Goldfarb, entre outros, usaram as redes sociais para protestar contra as queimadas que ocorriam na época, criticando fortemente o então presidente, Jair Bolsonaro, que que lhe atribuindo a responsabilidade pelo descalabro ambiental que acontecia no país naquele momento.

Leia mais:  Nova estimativa do IBGE aponta Tangará da Serra com 112.547 mil habitantes

No último dia 24, o deputado Nikolas Ferreira (PL) foi bloqueado na rede social X pela página de Caetano Veloso. A reação de Caetano foi motivada por uma cobrança de Nikolas sobre sua manifestação acerca das queimadas.

O silêncio de artistas e celebridades denota grande hipocrisia de uma classe que tenta se apresentar de forma crítica aos problemas do país. As críticas tem sido contundentes, o que causa desconforto na classe, que prefere não aparecer para evitar constrangimentos ainda maiores.

Outro silêncio percebido é da ativista Greta Thunberg (na foto acima, com Di Caprio e Gisele, que também protestou naqueles anos contra as queimadas na Amazônia.

Em outros momentos, esses  mesmos artistas foram vocais eloquentes e incisivos sobre questões ambientais e políticas, mas agora silenciam e evitam pressão sobre o governo Lula e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Eis, aí, uma agravante: maior parte dos focos de incêndio está em áreas sob a jurisdição federal.

O visível descaso de Marina Silva quanto às queimadas foi duramente criticado nas redes sociais, principalmente por conta de sua participação ativa na campanha de Guilherme Boulos, candidato à prefeitura de São Paulo pelo PSOL. Ou seja, enquanto a Amazônia sofre com as queimadas, a ministra encontra tempo para participar de compromissos partidários.

Produção artística em prol da Amazônia, em 2021 (link YouTube abaixo). Artistas silenciam em 2024.

https://www.youtube.com/watch?v=qSJLbLNVkUQ

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