O trabalho científico compilou informações de 3.663 estudos populacionais, envolvendo 222 milhões de participantes em 200 países e territórios. Mais de 1.500 pesquisadores contribuíram para a pesquisa, que revelou que, em 2022, cerca de 159 milhões de crianças e adolescentes e 879 milhões de adultos estavam vivendo com obesidade. O número totaliza mais de um bilhão de pessoas afetadas em todo o mundo.
Situação no Brasil e no mundo
No Brasil, a situação também é alarmante. O país ocupou o 54º lugar no ranking global de obesidade infantil em 2022, com uma taxa que aumentou de 3,1% para meninas e 3,1% para meninos em 1990, para 14,3% e 17,1%, respectivamente, em 2022.
Os especialistas alertam que a obesidade e o baixo peso são formas de desnutrição prejudiciais à saúde, destacando que uma em cada oito pessoas no planeta vive com obesidade. As taxas globais de obesidade mais que quadruplicaram entre meninas e meninos desde 1990, refletindo uma tendência alarmante que exige ação imediata.
Prevenção e controle
Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, ressaltou, na revista, a importância de prevenir e controlar a obesidade desde a infância até a idade adulta. Ele enfatizou a necessidade de políticas baseadas em evidências para conter a obesidade, enfatizando o papel crucial dos governos, indústrias e comunidades nesse esforço conjunto.
Segundo ele, a análise global destaca a urgência de intervenções eficazes para combater a obesidade e promover hábitos alimentares saudáveis e estilos de vida ativos desde a infância, visando um futuro mais saudável e sustentável para as próximas gerações.