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Mudanças abruptas do clima causam aumento de doenças sazonais em MT

Diretora da Santa Casa de Cuiabá, doutora Patrícia Neves, diz que surto respiratório em crianças pode ser o elo

O clima atípico em Mato Grosso já alterou a sazonalidade de doenças cíclicas, como a gripe e o resfriado. A tendência é que haja uma sequência ininterrupta de sintomas comuns do inverno e da seca nos próximos meses. 

Os postos de saúde e hospitais públicos e privados estão com demanda maior de pacientes nas últimas semanas por causa de um surto de doença brônquio-respiratória, com registro majoritariamente em crianças em idade da primeira fase de imunização. 

“A superlotação ocorreu porque é uma situação atípica, de uma hora para outra o número de pacientes cresceu muito. Em março, a gente atendeu cerca de mil crianças na Santa Casa de Cuiabá, e até o dia 20 deste mês, mais ou menos, o número de atendimentos já estava batendo em 3 mil”, diz a doutora Patrícia Neves, diretora do hospital. 

Ela diz que o surto pode ter relação com a quantidade de chuva acima da média histórica em Mato Grosso nas últimas semanas para o período. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) calcula que a precipitação das chuvas ocorreu nos últimos anos até o fim de janeiro. 

Em 2024, a média histórica não foi atingida e as chuvas ficaram mais esparsas. Abril já teve mais chuvas do que o comum e há previsão de que ocorram até maio. A doutora Patrícia Neves diz que o fenômeno tende a ser o elo entre outono e inverno, que inicia no dia 20 de junho, meses em que o estio é rigoroso em Mato Grosso. 

“Chuva em maio é incomum, mas o clima mudou. Daqui uns dias nós vamos entrar no outubro-inverno, então nós vamos ter influenza, H1N1, nós vamos ter problema de novo; é uma avaliação rotineira de como era até no ano passado. Logo em seguida, nós vamos ter o período da seca, e vamos arrastar agosto, setembro com problema”, disse. 

Mato Grosso tem vivido semanas de calor intenso há cerca um ano e com uma quantidade de chuva bem abaixo da média. As situações atípicas estão relacionadas ao El Niño, que está em atividade desde junho de 2023.  

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) divulgou que Mato Grosso teve o maior déficit de chuvas no ano passado. Em São Vicente, por exemplo, a média de chuva era de 1.833 milímetro (mm) por ano, mas em 2023 choveu apenas 313 mm. 

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