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Mapa altera calendário e produtores temem proliferação de pragas e prejuízo ao gergelim

Conteúdo/ODOC – Os produtores de soja e milho de Mato Grosso reagiram com preocupação com a portaria do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicada na quarta-feira (15.05), que determina os calendários do vazio sanitário e do plantio da soja da safra 2024/2025. O vazio sanitário começa em 08 de junho e vai até o dia 06 de setembro. A semeadura começa em 07 de setembro e segue até 07 de janeiro de 2025.

A alteração do calendário em uma semana do que era previsto anteriormente foi recebida com surpresa pela Associação de Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT). O Estado é o maior produtor de grãos do Brasil.

O presidente da Aprosoja-MT, Lucas Costa Beber, comentou que a alteração foi recebida com certa surpresa e que ainda deve passar por apreciação dos demais associados. O representante dos produtores de soja e milho do Estado indicou que há pontos a serem considerados como o prejuízo para a segunda cultura, nesse caso, o gergelim.

Segundo o 7º Levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a previsão de produção de gergelim em Mato Grosso era de 187,7 mil toneladas na safra 2023/2024. A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec) pontuou que o número era resultado do aumento da área plantada em mais de 100%, saindo de 185,5 mil hectares para 381,9 mil hectares.

A gerente de Defesa Agrícola da Aprosoja-MT, Jerusa Rech, informou que o gergelim foi muito procurado este ano pelos produtores que perderam a janelado plantio do milho por conta da forte estiagem.

“Os anos mais secos favorecem a escolha do gergelim em comparação ao milho, é uma forma de aproveitar as terras que ficam subutilizadas durante os períodos de escassez de água. O grão é também uma boa opção de investimento porque o mercado internacional tem um alto consumo. Além disso, muitas áreas cultivadas em março ainda não foram colhidas”, detalhou a especialista.

Nesse sentido, com o vazio sanitário antecipado, os produtores terão menos tempo para eliminar as plantas tigueras ou guaxas (planta de um cultivo anterior que brota na safra atual) e podem perder a sua produção, e com isso ter uma queda na produtividade do gergelim.

Contudo, o presidente da Aprosoja avalia que o prazo do plantio se estendendo até janeiro pode ser positiva, que acredita que ser um pouco mais apropriada, tomando como exemplo este ano, no qual muitos produtores rurais precisaram fazer o replantio.

“Ir até o dia 7 de janeiro ainda não é o prazo perfeito, mas é bom porque é uma época na qual devemos considerar que pode ter a necessidade de replantio, como nesta safra, quando os produtores tiveram que fazer replantio no fim do ano passado e começo de 2024. Em anos de El Niño, então, uma data assim ou prazo ainda maior, é mais apropriado porque ajuda os produtores a semearem sem a necessidade de pedir o plantio excepcional”, concluiu Lucas Costa Beber.

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