O secretário de Educação, Alan Porto, diz que o ano letivo de 2023 encerrou 8% de alunos desistentes da vida escolar, no ano anterior, o volume era de 12%. O pico ocorreu em 2020, no em que as aulas presenciais foram suspensas por causa das medidas de isolamento.
A Seduc (Secretaria de Estado de Educação) diz que registrou na época 31% de desistência, equivalente a cerca de 76 mil alunos. Parte desses continua fora da escola, e os que começaram a voltar estão com dificuldades de absorver os conteúdos básicos de língua portuguesa e matemática.
“Nossos especialistas dizem que vamos levar 5 anos para superar todos os efeitos. A pandemia foi uma tragédia na educação no mundo inteiro, no Brasil, nós ficamos praticamente 2 anos com escolas fechadas. A pandemia foi em 2020, 2021, então acreditamos que daqui 2 ou 3 anos a gente recompõe a aprendizagem desses estudantes”, disse o secretário.
O impacto pode ser medido pela quantidade de vagas em aberto na rede estadual. Conforme dados da Seduc, em 2021, mais de 50 mil vagas ficaram disponíveis em Mato Grosso, pelo menos até os primeiros meses de aula. No início do ano letivo 2022, a quantidade ainda estava em 48 mil.