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Com desmatamento, as queimadas aumentaram 221% em Mato Grosso

Apesar do registro das últimas chuvas, os incêndios florestais seguem sendo uma ameaça à biodiversidade no Estado

Os incêndios florestais seguem sendo uma ameaça à biodiversidade, apesar do registro de chuvas isoladas nos últimos dias em Mato Grosso.

Tanto que o Corpo de Bombeiros Militar, por meio do Batalhão de Emergências Ambientais (BEA), lançou a Operação “Abafa Amazônia 2024”, com foco nos municípios de Cláudia, Marcelândia, Santa Carmem e adjacentes, no Norte do Estado.

Até quinta-feira (10), o Estado contabilizava 48.434 focos de calor desde o início do ano, conforme monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Essa quantidade representa um aumento de 221%, comparado ao mesmo período de 2023, com 15.082 pontos de queimadas.

Conforme dos dados do Inpe, a maioria dos focos (39.639) foi detectada a partir de julho deste ano, período de proibição das queimadas na zona rural do Estado, com pico em setembro, com 19.964 ocorrências.

Além de responder por 21,8% do total de focos em nível nacional (221.803), o território mato-grossense também ocupa o topo do ranking nacional de queimadas à frente de outros dois estados que compõem a região amazônica, como o Pará (37.565) e Amazonas (23.010).

De acordo com informações do CBM, o lançamento da operação ocorreu na quarta-feira (9), na base localizada no município de Santa Carmem (500 km ao Norte de Cuiabá) e segue até o dia 20 deste mês.

A intenção é combater práticas que causam danos ambientais, tais como o desmatamento e o uso irregular do fogo.

As ações, ainda segundo o CBM, incluirão monitoramento e fiscalização em áreas com maior risco de incêndios, com o uso de tecnologia de geomonitoramento para identificar alvos prioritários, além de ações de conscientização, fiscalização e a responsabilização de infratores.

Para o comandante-geral do CBM, coronel Flávio Glêdson Vieira Bezerra, a ação é um passo importante para a preservação do meio ambiente e diminuição dos incêndios.

“Essa operação é mais uma estratégia do Governo de Mato Grosso para a preservação e diminuição de focos de incêndios florestais”, disse por meio da assessoria. “Através de fiscalizações e monitoramento, conseguimos identificar possíveis infratores, responsabilizando-os pelo ato criminoso e evitando o início de incêndios que podem causar danos irreparáveis”, acrescentou.

Comandante do BEA, tenente-coronel Pryscilla Machado de Souza, explicou que antes das operações de campo, foram feitas análises de dados utilizando técnicas de geoprocessamento.

“Essa análise permite identificar as áreas com maior incidência de focos de calor, além de características que indicam o possível uso irregular do fogo, sendo possível mapear regiões críticas e orientar as equipes para a operação integrada”, pontuou.

ANIMAIS – Animais resgatados dos incêndios foram retirados às pressas de uma unidade de tratamento após um incêndio florestal chegar muito próximo ao local onde os animais estavam.

A operação de retirada ocorreu na base de atendimento, que fica na Transpantaneira, próxima da cidade de Poconé (104 km ao Sul de Cuiabá).

A orientação para a ação foi dada pelo Sistema de Comando de Incidentes (SCI) Emergência fauna Pantanal 2024, formado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

“Com base nas informações do SCI Fogo, os focos de incêndio estavam a apenas quatro quilômetros da base, levando o comando a recomendar pela evacuação imediata dos animais”, disse a veterinária do Ibama, Marília Gama.

A retirada foi feita em conjunto com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) e do Instituto Ampara Pantanal.

De acordo com informações do Ibama, foram transferidos quatro animais: um tamanduá, um veado, uma anta e uma onça-parda.

“Assim que a base estiver segura novamente, os animais retornarão. Após o cuidado de saúde e reabilitação, eles poderão voltar para o seu habitat”, afirmou.

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