Os três municípios com a maior taxa de desmatamento de Mato Grosso desmataram juntos 23.462,1 hectares em 2023. Trata-se das cidades de Colniza, Aripuanã e Juara, todas no arco da Amazônia Legal. Os dados são do Mapbiomas no Relatório Anual do Desmatamento (RAD). No comparativo com 2022, quando foram desmatados 56.730,3 hectares nos três municípios, a área devastada em 2023 foi 58% menor.
Colniza (1.057 km de Cuiabá) ocupa o topo da lista das cidades desmatadoras de Mato Grosso, embora no ranking brasileiro tenha ficado na 28ª posição. Lá, cerca de 26 hectares foram desmatados por dia, totalizando 9.453,2 hectares em 2023. Sozinha, a cidade apresentou redução de 74% no desmatamento.
Aripuanã (960 km de Cuiabá), a segunda colocada, desmatou média de 21 hectares por dia e fechou 2023 com 7.793,4 hectares perdidos, 27% a menos do que no ano anterior.
Já Juara (654 km de Cuiabá), na 49ª posição das 50 do ranking do Mapbiomas, registrou desmatamento de 6.215,7 hectares em 2023, 40% a menos do que em 2022.
A expansão da fronteira agrícola continua sendo o maior vetor de pressão sobre os biomas brasileiros, de acordo com o relatório. Em 2023, o Brasil perdeu 1.784.010 hectares de vegetação nativa para a agropecuária. A expansão urbana e as energias renováveis fecham a tríade dos maiores vetores de pressão, conforme o Mapbiomas.