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Cidades com risco de rebaixamento para distritos sequer completaram 50 anos em MT

A maioria foi fundada após a divisão de território com Mato Grosso do sul, e um terço não tem 30 anos

A maioria das cidades de Mato Grosso com o risco de rebaixamento não tem 50 anos de fundação. Da lista de 35, apenas 6 superam essa marca e uma ultrapassa um século.

As demais estão em média com 30 anos. Esse tempo é considerado apertado para uma cidade surgir e começar se fortalecer, o que indica que as cidades da lista passam por atrofiamento econômico e social.

“É um tempo muito curto para qualquer cidade se desenvolver. Elas estão pagando o preço de uma economia exaurida e a falta de gestão de governos para impulsioná-las economicamente”, diz o analista político Onofre Ribeiro.

Ele disse que Mato Grosso teve um boom de emancipação de cidades do final da década de 1970. O estado precisou se fortalecer politicamente após a divisão com Mato Grosso do Sul (outubro de 1977) e teve levas de declaração de municípios.

Na época, Mato Grosso tinha cerca de 38 cidades e 1 milhão de habitantes; em 1979 foram emancipados mais 20 de uma vez só, grande parte de cidades grandes como Cáceres e Rondonópolis que, após o encolhimento, entraram em declínio.

“Cáceres nunca voltou a ser o que era antes das emancipações. Chapada dos Guimarães, até uns 10 anos atrás, vive em crise e conseguiu se recuperar como uma cidade turística. Rondonópolis também passou por essa mudança e conseguiu se fortalecer no agro”, comenta.

Uma nova leva de emancipações pode ser datada após a década de 1990. No levantamento feito pelo Livre, 19 cidades têm menos de 35 anos e, dessas, 10 ainda não atingiram os 30 anos.

O risco de rebaixamento para distrito foi divulgado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), Sérgio Ricardo. São locais com menos de 5 mil habitantes, sem a capacidade de se manter financeira e uma grande dependência de programas de assistência social.

A avaliação foi feita com os dados do recenseamento 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Todas as 35 cidades encolheram na última década.

Lista divulgada pelo IBGE

O recenseamento de 2022 identificou 51 municípios com população em encolhimento. As 35 sob risco de rebaixamento estão nesse grupo e em situação mais drástica, incapazes de autossustentação econômica. Veja lista:Araguaiana (3.795)
Araguainha (1.010)
Canabrava do Norte (4.485)
Conquista D’Oeste (3.760)
Curvelândia (4.903)
Figueirópolis D’Oeste (3.187)
Indiavaí (2.213)
Lambari D’Oeste (4.790)
Luciara (2.509)
Nova Brasilândia (3.932)
Nova Guarita (4.590)
Nova Marilândia (3.529)
Nova Nazaré (4.200)
Nova Santa Helena (4.239)
Novo Horizonte do Norte (3.349)
Novo Santo Antônio (2.015)
Planalto da Serra (3.166)
Ponte Branca (2.008)
Porto Estrela (3.224)
Reserva do Cabaçal (2.122)
Ribeirãozinho (2.593)
Rio Branco (4.535)
Rondolândia (3.545)
Salto do Céu (3.679)
Santa Cruz do Xingu (2.661)
Santa Rita do Trivelato (3.276)
Santo Afonso (2.519)
Santo Antônio do Leste (4.099)
São José do Povo (2.875)
São Pedro da Cipa (4.191)
Serra Nova Dourada (1.800)
Tesouro (3.025)
Torixoréu (4.164)
União do Sul (3.838)
Vale de São Domingos (2.904)

A lista da população dos municípios está de acordo com a publicação oficial do Tribunal de Contas da União (TCU), com base nos dados do IBGE. O número de habitantes de todas cidades de Mato Grosso pode ser conferido aqui.

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