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Anuário: 52% sofrem violência até um ano depois do término

Relatório de 2024 traça perfil das vítimas; violência persiste mesmo após fim do relacionamento

O anuário de 2024, com análises dos atendimentos na Delegacia Especializada de Defesa da Mulher (DEDM), em Cuiabá, mostrou que 52% das mulheres seguiam sofrendo diferentes formas de violência cerca de um ano após o término.

Vítimas separadas ou divorciadas somam 21%, mostrando que a violência persiste mesmo após o fim da relação

Foram registrados 6.223 casos de violência doméstica e crimes sexuais na DEDM e no Plantão da Violência Doméstica no ano de 2024, na Capital. Para traçar o perfil das vítimas, no entanto, foi selecionada uma amostra de 2.956 mulheres atendidas pela DEDM.

O relatório foi assinado pela delegada Judá Maali Pinheiro Marcondes, titular da unidade.

Segundo o documento, a violência doméstica afeta mulheres em diferentes contextos afetivos. Do total, 42% das que registraram boletins de ocorrência eram solteiras (739), 28% eram casadas ou moravam junto com os parceiros (504) e 21% (367) já não estavam mais com seus cônjuges, sendo 13% divorciadas e 8% separadas.

“Vítimas separadas ou divorciadas somam 21%, mostrando que a violência persiste mesmo após o fim da relação. Estudos indicam que os primeiros dias e meses após a separação representam risco elevado, com possibilidade de agravamento da violência, podendo culminar em feminicídio”, diz trecho do relatório.

A delegada Judá Maali Pinheiro Marcondes, titular da DEDM
A delegada Judá Maali Pinheiro Marcondes, titular da DEDM (foto Victor Ostetti/MidiaNews)

Violência persistente

Mesmo após o término da relação, as mulheres seguem sendo alvos de violência por ex-parceiros que não aceitam o fim do relacionamento. “Dados da amostragem indicam que 52% das mulheres seguem sofrendo diferentes formas de violência cerca de um ano após o rompimento”, afirmou.

Cerca de 20% das vítimas relataram novos episódios de violência nos primeiros 45 dias após a separação. Esse período é considerado “crítico” e requer medidas de segurança, segundo a delegada.

“A violência mostra-se persistente mesmo após anos da separação: 27% das vítimas relataram agressões no período entre 2 e 5 anos (21%), entre 6 e 10 anos (6%) e, ainda, após mais de 10 anos (2%) do término do relacionamento”.

Segundo o levantamento, 51% das denúncias de 2024 foram feitas contra ex-parceiros íntimos e 11% das agressões foram atribuídas aos atuais companheiros, sejam eles namorados ou casados.

Veja:

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