domingo, 22 setembro 2024
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50% das vacinas contra a dengue perdem eficácia no transporte

O transporte de imunizantes é um fator crítico na eficácia das vacinas contra a Dengue e tema de preocupação crescente, segundo dados da OMS

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), até 50% das vacinas chegam ao destino com perda de eficácia devido à quebra da cadeia do frio durante o transporte e armazenamento. Este problema crítico é especialmente relevante para as vacinas contra a Dengue, pois a eficácia reduzida compromete a proteção da população. A manutenção da qualidade das vacinas é fundamental para prevenir surtos e proteger a saúde pública.As vacinas disponíveis no mercado para a prevenção da Dengue apresentam diferentes níveis de eficácia, que variam de acordo com a tecnologia utilizada e o fabricante. A Dengvaxia, por exemplo, é uma vacina aprovada para uso em indivíduos que já foram infectados pelo vírus da Dengue.Sua eficácia varia conforme a faixa etária dos vacinados e seu histórico de infecções prévias. Por outro lado, novas vacinas, como a Qdenga, têm mostrado resultados promissores em estudos clínicos. Estas vacinas oferecem uma nova esperança, especialmente em regiões onde a Dengue é endêmica, ao proporcionar taxas de eficácia que podem ajudar a controlar a propagação da doença.

Perda de eficácia começa com a quebra da cadeia do frio

A quebra da cadeia do frio, definida como a exposição das vacinas a temperaturas inadequadas, é um dos principais fatores que podem comprometer a potência dos imunizantes. Manter a temperatura entre 2°C e 8°C é crucial para garantir a estabilidade e a eficácia das vacinas.

Quando esta faixa de temperatura não é mantida, as vacinas podem sofrer degradação. Isso resulta em uma menor capacidade de induzir imunidade, o que, por sua vez, reduz a proteção oferecida à população vacinada. A quebra da cadeia do frio pode ocorrer em várias etapas do processo logístico, desde a fabricação até a administração final.

Desafios logísticos no transporte e armazenamento

Os desafios logísticos para manter a cadeia do frio intacta são numerosos e complexos. Entre os principais problemas enfrentados, incluem-se:

1.Infraestrutura inadequada:

Em muitas regiões, especialmente em áreas remotas ou de difícil acesso, a infraestrutura necessária para o armazenamento adequado de vacinas é deficiente. A falta de refrigeradores apropriados e a ausência de geradores de energia para manter os equipamentos em funcionamento durante as quedas de energia são problemas comuns.

Estes fatores costumam contribuir para a dificuldade de manutenção de uma temperatura constante, essencial para preservar a eficácia das vacinas.

2. Monitoramento de temperatura:

A falha em monitorar continuamente a temperatura das vacinas pode levar à exposição inadvertida a condições inadequadas. Para garantir que as vacinas sejam mantidas dentro da faixa de temperatura ideal, é recomendado o uso de equipamentos como termômetros e registradores de dados.

3. Capacitação de profissionais:

A falta de treinamento adequado para os profissionais envolvidos no manuseio, armazenamento e transporte de imunizantes pode ser um fator decisivo para a perda da eficácia do material. Profissionais mal treinados podem não estar cientes dos procedimentos corretos para manter a cadeia do frio, aumentando o risco de exposição das vacinas a temperaturas inadequadas.

O treinamento contínuo e a educação são essenciais para garantir que todos os envolvidos no processo estejam capacitados para lidar com as vacinas de maneira segura e eficaz.

 

Soluções tecnológicas e capacitação

Para mitigar os desafios mencionados, é fundamental investir em tecnologias avançadas e na capacitação dos profissionais. Algumas das medidas que podem ser adotadas incluem:

Sensores de temperatura e rastreamento em tempo real

A utilização de sensores de temperatura e dispositivos de rastreamento em tempo real pode proporcionar um monitoramento contínuo e preciso das condições de armazenamento e transporte das vacinas. Estes dispositivos permitem que as equipes logísticas reajam rapidamente a qualquer desvio de temperatura, garantindo a integridade dos imunizantes.

Programas de capacitação

Organizações como a OMS, juntamente com governos locais e outras entidades de saúde, têm desenvolvido programas de capacitação para os profissionais de saúde e logísticos. Estes programas oferecem treinamento prático sobre as melhores práticas de armazenamento, transporte e manuseio de vacinas.

Além disso, incluem protocolos rigorosos para garantir que as vacinas sejam mantidas em condições ideais desde o ponto de fabricação até o momento da administração.

Tecnologias de refrigeração avançadas

A adoção de tecnologias de refrigeração mais eficientes e confiáveis é essencial para reduzir as perdas de eficácia das vacinas durante o transporte e armazenamento. Sistemas de refrigeração modernos, com capacidades de backup de energia e controles automáticos de temperatura, podem minimizar os riscos de falhas na cadeia do frio.

Colaboração e investimentos para uma cadeia do frio eficiente

A preservação da eficácia das vacinas contra a Dengue depende de uma colaboração eficaz entre governos, organizações de saúde e o setor privado, uma vez que existe a possibilidade desses atores trabalharem juntos para superar os desafios logísticos e garantir a integridade da cadeia do frio.

O investimento contínuo em infraestrutura, tecnologia e capacitação é essencial para assegurar que as vacinas cheguem ao destino final com sua potência intacta, protegendo a população contra a Dengue e outras doenças. Com uma abordagem integrada e comprometida, pode ser possível garantir que as vacinas oferecem a proteção necessária, especialmente em regiões vulneráveis e de difícil acesso.

 

(Com Assessoria)

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