A Justiça mandou bloquear a conta no Twitter do deputado federal José Medeiros (PL-MT), vice-líder do governo na Câmara Federal. A decisão foi tomada nessa terça-feira (8) após críticas do parlamentar à atuação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), comandado pelo ministro Alexandre de Moraes.
Medeiros havia postado em seu perfil, cerca de 24 horas antes do bloqueio, críticas à forma que o TSE vem conduzindo as ações contra manifestantes, após a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, no segundo turno.
Segundo o deputado, a Justiça não deu detalhes dos motivos do bloqueio.
“É lamentável o que estamos vivendo nos últimos tempos no Brasil. O direito sagrado de expressar está garantido no Artigo 53 da Constituição Federal”, disse.
José Medeiros disse que pediu a Bolsonaro que expedisse um decreto de garantia da lei e da ordem no território nacional. O pedido foi enviado à Presidência nessa terça-feira (8), antes do bloqueio de sua conta.
Segundo ele, o pedido baseia-se no artigo 142 da Constituição. O item diz que as Forças Armadas – Exército, Marinha e Aeronáutica – podem usar tropas militares por ordem do presidente da República nos casos em que há esgotamento das forças tradicionais de segurança pública, em graves situações de perturbação da ordem.
Conforme a assessoria, José Medeiros, reeleito para novo mandato na Câmara dos Deputados no dia 2 de outubro, tem quase 1 milhão de seguidores em suas redes sociais, e 181 mil estão Twitter. Ele é o político de Mato Grosso com o maior número de seguidores.
A Justiça também mandou suspender as contas em redes sociais de outros aliados de Bolsonaro. São eles: os deputados federais Carla Zambelli (PL-SP), Major Vitor Hugo (PL-GO), Coronel Tadeu (PL-SP), Nikolas Ferreira (PL-MG) e Gustavo Gayer (PL-GO).
O economista Marcos Cintra (União), ex-secretário da Receita de Bolsonaro e ex-candidato a vice-presidente na chapa de Soraya Thronicke (UB), também foi alvo da Justiça.