quarta-feira, 18 setembro 2024
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Ciência revela que há 2 espécies de anaconda

As sucuris-verdes, popularmente conhecidas como anacondas, anteriormente catalogadas como uma única espécie (Eunectes murinus), se mostram, na verdade, um grupo composto por dois tipos genéticos distintos. Cerca de 14 pesquisadores de 9 países se envolveram em um estudo que sugere a diferença entre as cobras, publicado pela revista científica MDPI Diversity neste mês.

Apesar da semelhança física que dificulta a diferenciação até mesmo por especialistas, as anacondas encontradas no que ficou definido como norte da área de distribuição – Venezuela, Suriname e Guiana Francesa – se mostraram geneticamente muito distintas das do sul. A diferença chega a 5,5%, valor considerado alto pelos autores da pesquisa.

“Para colocar isto em perspectiva: humanos e chimpanzés são geneticamente diferentes apenas cerca de 2% um do outro”, disse Bryan Fry, coautor do trabalho, ao divulgar os resultados nas redes sociais. Ele registrou imagens de um exemplar da espécie com cerca de 8 m de comprimento e mais de 200 kg.

A diferença considerável levou os cientistas a sugerirem renomear a nova espécie descoberta para uma melhor distinção. Ela passaria a ser chamada de Eunectes akayima. Isso porque, segundo a pesquisa, a palavra “akayima” significa “grande cobra” e vem de línguas indígenas do norte da América do Sul. Já as cobras da região sul da área de distribuição se manteriam como Eunectes murinus.

O estudo está ligado à Universidade de Queensland, na Austrália, e coletou sangue e tecidos de cobras no Brasil, no Equador e na Venezuela. Os pesquisadores ainda analisaram pessoalmente animais em busca de diferenças físicas que pudessem diferenciar as espécies.

Detalhamento

A sucuri é uma cobra nativa da América do Sul, principalmente das regiões tropicais da Amazônia e do Pantanal.

Entre as suas características principais estão seu tamanho e força, sendo considerada a cobra mais pesada do mundo, podendo até ultrapassar os 100 kg.

A espécie não tem veneno. Para capturar a presa, faz o processo de constrição, ou seja, se enrola nela, usando a força para apertá-la. Essas cobras se alimentam de carne de peixes e pequenos animais. Apesar do tamanho e da força, não há registros científicos que comprovem algum risco a humanos.

Registro

Em fevereiro, uma sucuri de cerca de 5 m de cumprimento foi vista no Rio da Prata, no Pantanal. O animal apareceu nas águas do rio e seguiu o fluxo da correnteza sem se aproximar dos banhistas, que fizeram registros. O balneário Santuário do Prata estava lotado de visitantes que trocaram a folia do carnaval pelo ecoturismo. O empresário Márcio Luiz dos Santos conseguiu registrar em vídeo os movimentos da sucuri.

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