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A cozinha mineira se reinventa sem tirar o pé da tradição

A cozinha mineira é fincada na tradição, mas também sabe se reinventar sem, no entanto, perder sua essência.

É impossível ir a Minas Gerais e não se encantar com as delícias que saem dos fogões e fornos à lenha, muitas delas preservadas há gerações e repassadas de avós e mães para filhas e netas.

Sem dúvida, a gastronomia é um ativo cultural e econômico importante desse estado de paisagens diversas, onde a cada curva do caminho tem um dos 853 municípios que o compõem e onde, certamente, tem uma comida muito especial, mesmo que simples, mas preparada com ingredientes locais frescos e cheios de sabor.

Rodrigo Zeferino

 gastronomia mineira

Não é à toa que a Cozinha Mineira é Patrimônio Cultural Imaterial de Minas Gerais. É também elemento essencial no turismo.

No chamado Ano da Cozinha Mineira, o governo do Estado, através da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, com patrocínio da Cemig, promove a campanha Inverno em Minas, exatamente para difundir não só as belezas cênicas do Estado, mas também sua história, os ingredientes regionais, os fazeres peculiares, os produtos típicos que ganham cada vez mais destaque nacionalmente, como os queijos, cachaças, cafés, mel, vinhos, azeites e muito mais.

Impossível ir a Minas e não provar todas as possibilidades de pães de queijo, os torresmos, o feijão de tropeiro, o tutu, a couve verdinha, cortada bem fininha e refogada ao ponto; o leitão à pururuca; o pernil assado; o frango caipira preparado com quiabo, à molho pardo, com ora-pro-nóbis; a carne na lata tão substanciosa, guardada por meses em meio à gordura de porco, que a conserva e apura ainda mais seus sabores; os tarecos, biscoitos e broinhas, que saem perfumados do forno e fazem nossa alegria; os doces de leite, de frutas diversas como o figo, mamão verde, abóbora; as linguiças defumadas no varal acima do fogão à lenha; os quitutes feitos de milho, de mandioca.

Rodrigo Zeferino

 gastronomia mineira

Essas são riquezas gastronômicas que Minas Gerais se orgulha de manter e oferecer à quem chega ao Estado.

Tudo isso e muito mais compõem a base dos jovens chefs de cozinha que despontam no cenário nacional

Entre os chefs de cozinha mineiros que se destacam por inovar nesta gastronomia secular está Léo Paixão. Depois de cursar medicina na Universidade Federal de Minas Gerais, em Belo Horizonte, cidade onde nasceu e se criou, foi para Paris fazer gastronomia na École Superieure de Cuisine Française Ferrandi.

Está à frente de várias casas em Belo Horizonte – Glouton, Ninita, Macaréu, Nicolau Bar da Esquina, Nico Sanduíches e Mina Jazz Bar em BH – e detém as mais importantes premiações nacionais, entre elas Chef do Ano Prazeres da Mesa, 50 Best América Latina, Chef Revelação Guia 4 Rodas, Chef do Ano da Revista Veja por sete anos consecutivos, Chef Hors Concours Revista Encontro, além de dezenas de prêmios regionais.

Rodrigo Zeferino

 gastronomia mineira

No jantar de boas-vindas ao grupo de jornalistas convidados do projeto Inverno em Minas, servido no salão do Palácio da Liberdade, ele e seus colegas Pedro Frade, da Confeitaria Caramelo, Guilherme Furtado e Gabriela Guimarães, do restaurante Okinaki, criaram um menu composto por cinco etapas em que exploraram toda a tradição e modernidade da cozinha mineira. Usaram e abusaram de ingredientes clássicos para criar uma rica experiência gastronômica, que se completou com harmonização de vinhos também produzidos em Minas Gerais.

Prepararam agradáveis surpresas logo no início com a falsa pele de frango com tartare de cavaquinha e fígado de galinha; a pele de peixe com gel de limão capeta e coentro; e o torresmo de barriga com creme de pé de moleque e pimenta-dedo-de-moça.

Outra surpresa foi o ravioli de frango ao molho pardo, servido com ora-pro-nóbis e açafrão-da-terra. Assim como a vaca atolada, um corte de carne extremamente macio sobre a uma aveludada musseline de baroa.

Numa referência a produtos mineiros clássicos e numa brincadeira com a chamada política café com leite (quando Minas e São Paulo dividiam as forças no país), a sobremesa, um entremet de café com leite, com formato de grão de café, foi igualmente surpreendente.

Rodrigo Zeferino

 gastronomia mineira

Surpresas também no Caipirão da Canastra, em Vargem Bonita, com o macarrão flambado dentro do queijo Canastra. Surpreendente para os olhos e para o paladar.

Minas é assim, surpreende a cada curva da estrada, a cada cadeia de montanha que se avista, a cada comida que se prova, das mais tradicionais às novas criações.

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