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Obra de arte do Egito registra aves de 3.300 anos

Entre 1923 e 1925, arqueólogos descobriram pinturas curiosas no Palácio Norte de Amarna, no Egito. Estudos indicam que a obra de arte registra aves da região e provavelmente foi pintada há mais de 3.300 anos.

Aproximadamente entre 1353 e 1336 AEC, o palácio de Amarna foi construído para a filha do faraó Aquenáton, a primogênita Meritaton. Quando faraó, Aquenáton mudou a religião egípcia — até então politeísta — para um culto focado na entidade Aton. Além do mais, Aquenáton mudou a capital do Egito para Amarna, onde construiu o palácio.

Na década de 1920, arqueólogos descobriram uma sala cheia de pinturas naturais, incluindo plantas e animais selvagens, que foi batizada de “sala verde”. À época da descoberta, a artista Nina de Garis Davies criou réplicas das pinturas, de forma a garantir a conservação da informação contida nos murais.

 

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Imagem: Metropolitan Museum of Art, New York

Como boa parte das pinturas não se conservaram, pesquisadores agora revisitaram as reconstruções de Garis Davies e identificaram as espécies de aves presentes na obra de arte.

Com o estudo, publicado no periódico Antiquity, os autores conseguiram identificar ao menos quatro espécies de aves selvagens: Columba livia (pombo comum, o animal mais presente nas pinturas), Ceryle rudis (martim-pescador), Lanius collurio (picanço-de-dorso-ruivo) e Motacilla alba (alvéola-branca).

Desta lista, os pombos e os martins são animais presentes no Egito durante o ano todo, enquanto os picanços e alvéolas são aves migratórias. Estas duas aves migratórias foram marcadas com símbolos triangulares pelos pintores originais, possivelmente como uma indicação do conhecimento da migração dos animais, explicam os autores.

A “sala verde” e a obra de arte do faraó

Além das aves, a pintura conta com diversas plantas nativas, e é possível que fosse adornada por vasos de plantas reais e outros elementos artificialmente naturais. Isso porque a “sala verde” provavelmente foi um ambiente de relaxamento e meditação para a família do faraó.

Os pombos, por exemplo, não vivem na região de Amarna (em pântanos de papiro), mas ainda assim foram registrados na pintura. De acordo com a pesquisa, essa escolha deve ter sido feita pelos pintores, para adicionar mais elementos naturais à sala.

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Imagem: Metropolitan Museum of Art, New York

“A presença [dos pombos] pode ter sido um simples motivo para realçar o senso de uma natureza mais selvagem e indomada,” escrevem os autores do artigo.

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