Com 518 anos, o animal mais velho do planeta apareceu nas proximidades de Belize, no Caribe, há milhares de quilômetros do seu habitat natural. O tubarão-da-Groenlândia vive no Ártico, em águas extremamente frias e profundas. Por isso, é menos estudado do que outras espécies e suas aparições são consideradas raras. Segundo cientistas, esses tubarões podem viver pelo menos 400 anos, o dobro da expectativa de vida do animal terrestre mais longevo, a tartaruga-gigante.
Animal é um dos maiores do mundo
- O tubarão-da-Groenlândia é conhecido por ser devagar e seu nome científico, somniosus microcephalus, significa “sonolento de cabeça pequena”.
- Acredita-se que o animal atinja a maturidade reprodutiva por volta dos 150 anos.
- Essa espécie está entre as maiores do mundo e se aproximam em tamanho dos famosos tubarões brancos, podendo atingir até 6,4 metros de comprimento e pesar até mil quilos.
- O mais recente avistamento foi feito por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e os cientistas acreditam que o aquecimento global possa estar interferindo no comportamento do animal.
- As informações são de O Globo.
![tubarão da groelândia](https://img.olhardigital.com.br/wp-content/uploads/2022/03/shutterstock_tubarao-da-groenlandia.jpg)
Avistamentos são extremamente raros
A ingestão da carne desses tubarões pode induzir sintomas semelhantes à embriaguez grave em seres humanos, e as neurotoxinas presentes podem ser incapacitantes. A toxicidade está relacionada ao óxido de trimetilamina (TMAO) encontrado nos tecidos da carne dos animais, uma adaptação que os auxilia a resistir aos efeitos adversos do frio intenso e da alta pressão da água.
Embora haja antigas lendas sobre ataques a caiaques, não existem registros documentados relacionados aos tubarões-da-Groenlândia. Além disso, é extremamente improvável avistar o animal. A primeira filmagem dessa espécie só aconteceu em 1995, e foi preciso esperar mais 18 anos para obter um vídeo que os retratasse em seu habitat natural.
Alessandro Di Lorenzo é colaborador(a) no Olhar Digital
Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.