Tangará da Serra e outros dez municípios de Mato Grosso são palco de disputas entre facções criminosas. Segundo o estudo “Cartografias da Violência na Amazônia”, divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Mato Grosso tem três facções disputando território, o que provoca uma explosão da violência no estado, apesar do empenho das forças de segurança.
O levantamento revela que das 22 facções que agem na Amazônia Legal, o Comando Vermelho, o Primeiro Comando da Capital e a Tropa do Castelar são as que conseguiram se infiltrar em território mato-grossense, agindo em 11 municípios do Estado.
Em quatro deles há o controle de apenas uma facção e nos outros sete há uma guerra. De acordo com o diagnóstico, Cuiabá, Cáceres e Porto Esperidião são controlados pelo Comando Vermelho, enquanto Mirassol D’Oeste é dominada pelo Primeiro Comando da Capital.
Em seis deles – Tangará da Serra, Alta Floresta, Rondonópolis, Rosário Oeste, São José do Rio Claro e Várzea Grande – a disputa é entre o CV e o PCC.
Já no caso de Sorriso, considerada uma das cidades mais violentas do estado, além do CV e do PCC, a Tropa Castelar também está na guerra por território.
O relatório aponta que Mato Grosso é um estado estratégico na fronteira do Brasil e uma porta de entrada para drogas no país. A faixa de fronteira, que inclui Tangará da Serra e seus municípios vizinhos, além dos municípios da região Oeste, são caminhos do narcotráfico, de veículos roubados e, possivelmente, do tráfico de armas.
O CV predomina na região de fronteira com a Bolívia, e tem Cáceres como principal referência.
Ao comentar o resultado do estudo sobre a atuação das facções no estado, o governador em exercício, Otaviano Pivetta, admitiu que o Governo de Mato Grosso tem falhado em dar segurança à população. “A criminalidade galopa no Estado e nosso governo precisa trabalhar muito para poder dar resposta à altura a bandidagem”, reforçou Pivetta.
Veja o estudo no link a seguir:
https://forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2021/11/cartografias-das-violencias-na-regiao-amazonica-sintese-dos-dados.pdf
(Redação EB, com Sapicuá RN)