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Negros são 76% das vítimas de homicídios em MT, aponta estudo

Dados do Atlas da Violência 2023 apontam que 76% das vítimas de homicídios em Mato Grosso são pessoas negras. Os números são referentes ao ano de 2021 e indicam que dos 888 casos de homicídios, 672 eram negros e 610 deles homens. O estudo foi publicado nesta terça-feira (05) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).

Os índices de homicídios diminuíram em Mato Grosso. Os 888 casos de 2021 são o menor número em 16 anos, desde 2004, quando o Estado registrou 853 mortes violentas intencionais. Na última década, 2014 foi o ano de pior índice, com 1.358 homicídios. João Edisom de Souza, especialista em ciências políticas e sociais, explica que no Brasil existe um processo de exclusão econômica, que provoca uma exclusão social e faz com que a violência se fortaleça.

“É difícil alguém ter coragem de atirar em um engravatado ou atirar em alguém que está em um carro de luxo, de qualidade, ao contrário, a pessoa, dependendo da forma que está vestida, a forma do cabelo, indica um pouco da origem e há um menosprezo. A morte, quando você mata alguém, você estabelece uma relação de menosprezo. A gente vê isso no feminicídio, na violência contra a criança e vê isso na violência contra o negro também”.

Para o especialista, não há forma de separar a criminalidade dos casos de homicídios apontados, pois com o processo de exclusão o indivíduo fica vulnerável e o crime se alimenta disso. João Edisom explica que muitas vezes a pessoa em vulnerabilidade já convive em meio ao crime e não consegue enxergar opções na vida e um dos motivos para isso é que a maioria mal teve acesso à educação.

“Só melhora se a gente melhorar a questão da educação. Ainda não inventaram nenhum país em que um modelo milagroso fala que sem conhecimento conseguiram superar isso. Política armamentista e política de aumento de policial, de aumento de efetivo, serve momentaneamente para enxugar o gelo, não resolve o problema. Tem que ter política de segurança pública, aliada diretamente à política de inclusão social, que passa pela questão da educação e do acesso ao trabalho”.

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