O Ministério Público de Mato Grosso (MPE) pediu que o Supremo Tribunal Federal (STF) autorize a apreensão de materiais usados por manifestantes em acampamentos de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL).
Os materiais citados pelo órgão são eletrodomésticos, itens de proteção e móveis como freezers, barracas, cadeiras, churrasqueiras e caixas térmicas, que têm servido para a manutenção dos manifestantes em frente a quartéis.
Segundo o MP, a concentração seria maior em frente à 13ª Brigada de Infantaria Motorizada. O órgão entende que a quantidade de pessoas aumentou no local após as ordens para o desbloqueio de rodovias.
O pedido é assinado pelo procurador-geral José Antônio Borges e foi direcionado ao ministro Alexandre de Moraes. O procurador diz que a justificativa para a apreensão seria atos de violência ocorridos em protestos após o segundo turno das eleições presidenciais.
Houve episódios de violência nos protestos em Mato Grosso e a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) classificou a situação como “mudança de perfil” dos manifestantes, na comparação aos protestos de meses atrás.
O MP pediu que o Supremo autorize uma ação conjunta entre a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Força de Segurança Estadual para “a apreensão de todos os bens móveis, de logística, apoio e consumo, que estiverem em poder dos manifestantes”.
Ainda é sugerida a indisponibilidade dos veículos de pessoas físicas e jurídicas e aplicação de multa de R$ 20 mil para as primeiras e R$ 100 mil para as segundas.