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Metade dos brasileiros conhece uma mulher que já foi agredida pelo parceiro ou ex, aponta Ipec

No Brasil, 50% das pessoas conhecem pessoalmente alguma mulher que sofre ou já sofreu algum tipo de agressão por parte do atual ou do antigo companheiro. Porém, apenas 6% dos homens admitem já terem cometido violência doméstica. É o que aponta uma pesquisa realizada em outubro pelo Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica), em parceria com o Instituto Patrícia Galvão e o Instituto Beja. As informações são do G1 Nacional.

Segundo os dados da pesquisa, após tomar conhecimento de casos de violência, a maioria dos brasileiros procura as vítimas para conversar e, no geral, oferece conselhos focados na segurança e no bem-estar das mulheres, como para denunciarem as agressões à polícia (53%) e terminarem o relacionamento (48%).

No entanto, uma minoria recomenda que as vítimas tomem atitudes visando a manutenção da relação. Cerca de 8% das pessoas entrevistadas disseram que aconselham as vítimas a procurarem a igreja, sendo as mulheres as que mais dão este conselho; 7% disseram que dizem para as pessoas que foram agredidas, mudarem de comportamento para que o parceiro não fique irritado e 6% dos entrevistados, aconselham a reconsiderarem e fazerem as pazes, sendo os homens os que mais falam isso. 

Apenas 1 em cada 4 homens conversa com o agressor depois de ficar sabendo sobre um caso de violência doméstica. Esse número é ainda menor entre as mulheres, somente uma em cada 10.

O nível de confiabilidade da pesquisa é de 95%, e a margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.

As vítimas

Das 800 mulheres entrevistadas pelo Ipec, 36% afirmaram já ter sofrido algum tipo de violência doméstica:

  • Psicológica (27%) – ameaças, humilhação, xingamentos, insultos, chantagem, proibição de encontrar amigos ou familiares, etc
  • Física (17%) – agressões físicas, como tapas, empurrões, etc
  • Moral (13%) – difamação, disseminação de mentiras, exposição da vida íntima, etc
  • Sexual (10%) – relações ou práticas sexuais forçadas (sem consentimento)
  • Patrimonial (7%) – não poder controlar o próprio dinheiro, ter objetos pessoais destruídos ou danificados, etc

Mais de metade das vítimas (55%) reagiu às agressões colocando um fim no relacionamento. Somente 1 em cada 5 denunciou o parceiro às autoridades policiais e/ou contou para um amigo ou familiar. 8% das mulheres agredidas não fizeram nada.

“Muitas mulheres que se encontram em situação de violência doméstica vivem sob constante ameaça por seus parceiros ou ex-parceiros e adotam o silêncio por medo, vergonha e insegurança. Por isso é tão importante que elas contem com apoio, para que não se sintam sozinhas e busquem os meios para encerrar o ciclo de violência”, explicou Jacira Melo, diretora do Instituto Patrícia Galvão.

Dos 400 homens ouvidos pelo Ipec, 6% admitiram já ter agredido as companheiras ou ex-companheiras de algum modo e, dentre eles, a maioria afirmou ter resolvido a situação na base do diálogo. Os 94% restantes negaram já ter praticado qualquer tipo de violência doméstica.

Contudo, uma em cada 10 mulheres relatou já ter sido submetida pelo parceiro (atual ou antigo) a relações sexuais não consentidas, mas todos os entrevistados negaram já ter cometido violência sexual alguma vez.

Onde estão os agressores?

Segundo Jacira Melo, pesquisas já realizadas pelo Instituto reforçam que há uma tendência masculina à negação de práticas de violência doméstica, importunação, assédio e violência sexual.”A conta não fecha. Hoje as mulheres sabem identificar quando estão sofrendo algum tipo de violência de gênero. Muitas mulheres relatam experiências de violência doméstica e violência sexual, mas são raros os homens que assumem essas práticas, possivelmente por naturalizarem como um direito”, explicou a diretora.

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