Juiz da 3ª Vara Cível de Sinop, Cristiano dos Santos Fialho determinou que Edgar Ricardo de Oliveira, autor da chacina que vitimou 7 pessoas em um bar em fevereiro de 2023, pague pensão à filha de uma das vítimas, Elizeu Santos da Silva, pelo menos temporariamente. Uma audiência de conciliação foi agendada para o próximo dia 25 de junho para decidir de vez sobre a pensão.
Além de Elizeu, então com 47 anos, os suspeitos Edgar Ricardo de Oliveira e Ezequias Souza Ribeiro também mataram Orisberto Pereira Sousa, 38, Adriano Balbinote, 46, José Ramos Tenório, 48, o dono do bar Maciel Bruno de Andrade Costa, 35, Getúlio Rodrigues Frazão Junior, 36, e sua filha, Larissa Frazão de Almeida, 12. Ezequias acabou morrendo em confronto com a polícia e Edgar depois se entregou às autoridades.
Por ser menor, a filha de Elizeu foi representada por sua mãe G.D.S. na ação de indenização por dano moral. Ela pediu a concessão da tutela de urgência para o pagamento da pensão.
Ao analisar o pedido, o magistrado considerou que foram apresentadas evidências suficientes sobre a culpa de Edgar no crime que vitimou o pai da menina. Além disso, também pontuou que ficou comprovado que ele era o responsável pelo sustento da família.
“Vislumbro o perigo na demora da prestação jurisdicional corporificado pelo risco que o decurso que o tempo pode catalisar, especialmente porque, ao que tudo indica, o falecido era o único provedor da família”, disse o juiz.
Por considerar este risco na demora da conclusão do processo, o magistrado deferiu parcialmente o requerimento de tutela de urgência e determinou que Edgar fique responsável por pagar à filha de Elizeu uma pensão mensal no valor de dois terços do salário mínimo, enquanto perdurar o processo. Ele definiu este valor porque não ficou comprovado qual era o ganho financeiro de Elizeu.
O juiz ainda agendou uma audiência de conciliação para o próximo dia 25 de junho, a ser realizada de forma virtual, para decidir definitivamente sobre o pagamento de pensão.
Reprodução
A chacina ocorreu em fevereiro de 2024 em um bar da cidade, onde Ezequias Souza Ribeiro e Edgar jogavam sinuca e perderam. A derrota teria despertado a ira de Edgar, que saiu do local e voltou depois armado.
Imagens da câmera de segurança mostraram o momento que Ezequias manda as vítimas ficarem contra a parede, segurando a pistola.
Ainda na rua, Edgar organiza algumas coisas na caminhonete, em seguida se junta ao comparsa e mata as vítimas. Depois do crime, eles fugiram levando o dinheiro da aposta que estava na mesa de sinuca.
Entre as vítimas estão pai e filha, clientes e o dono do bar. Do total, 6 são homens e a pequena Larissa Frazão de Almeida, de 12 anos. Ela é filha de Getúlio Rodrigues Frazão Júnior, de 36 anos.
Morreram, ainda, Adriano Balbinote, 46; Orisberto Pereira Souza, 38; Josué Ramos Tenório, 48; Maciel Bruno de Andrade Costa, 35 e Elizeu Santos da Silva, 47.
Ezequias acabou morrendo depois, em confronto com a Polícia Militar. Edgar decidiu se entregar dias após o fato.