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Golpe do Pix errado: saiba como se proteger e não ser enganado

Criminosos alegam transferência por engano e pedem devolução em outra conta

O Pix já movimentou em um único dia, mais de 224 milhões de transferências entre contas bancárias, segundo o BC (Banco Central). Com o uso crescente do sistema de pagamento, o número de golpes aumenta na mesma proporção.

Recentemente uma nova tentativa de golpe viralizou nas redes sociais: o golpe do “Pix errado”. Para te ajudar a identificar e se proteger contra este método dos estelionatários, o Primeira Página te conta todos os detalhes abaixo:

O primeiro passo pelos fraudadores é fazer uma transferência para a conta da vítima em potencial. Como grande parte das chaves Pix é um número de telefone celular, não é difícil para o golpista conseguir um número telefônico e realizar a operação.

Logo em seguida uma pessoa entra em contato via telefone, seja por ligação ou mensagem de WhatsApp, por exemplo.

Uma vez feito o contato, a vítima é convencida pelo criminoso de que fez a transferência por engano e com uma boa conversa, pede para o suposto beneficiado devolver o dinheiro.

Na tentativa de convencimento, um passo é primordial para o golpe dar certo: a pessoa mal-intencionada pede a devolução em uma conta distinta da que fez a transferência inicial.

“Estava precisando receber um dinheiro para pagar o aluguel, mas o rapaz mandou no número errado. Você pode transferir aqui para mim”, conta um usuário do X (antigo Twitter), cuja mãe teve R$ 600 depositados na conta bancária.

Usuário de rede social

É intuitivo pensar que a primeira forma de descobrir se o contato suspeito trata-se de um golpe é checar se o dinheiro foi realmente depositado na conta da vítima. Para isso, basta conferir o extrato bancário. O fator que leva a pessoa ao erro é que realmente o dinheiro está na conta.

A partir do momento em que a vítima se convence e decide fazer um Pix para a conta indicada para devolver o dinheiro, ela caiu no golpe.

Como o golpe acontece

Em paralelo ao trabalho de convencer a vítima, o golpista se utiliza de um mecanismo criado justamente para coibir golpes, o Med (Mecanismo Especial de Devolução).

O mecanismo foi criado para facilitar as devoluções em caso de fraudes, aumentando as possibilidades de a vítima reaver os recursos. No entanto, os criminosos acionam o procedimento, alegando que foram enganados pela pessoa que, na verdade, é a vítima.

A transação alegada é analisada. No entanto, quando os bancos envolvidos nas transferências percebem que a vítima verdadeira recebeu o valor e logo em seguida transferiu para uma terceira conta, entendem essa ação como típica de um golpe.

Daí, ocorre a retirada forçada do dinheiro do saldo da pessoa enganada. Desta forma, o golpista que já tinha recebido o dinheiro de volta voluntariamente consegue mais uma devolução, em prejuízo da vítima.

Uma vez constatado que caiu no golpe, a pessoa pode também acionar o mecanismo de devolução. No entanto, a conta que recebeu o dinheiro transferido por “boa-fé” pode já estar zerada, sem saldo para restituir o prejuízo.

Botão “devolver”

BCB (Banco Central do Brasil) orienta que “não há normas do BC ou do CMN (Conselho Monetário Nacional) sobre devoluções em caso de engano ou erro do pagador, mas o Código Penal, de 1940, trata sobre a apropriação indébita”.

O Pix possui uma ferramenta que é a opção “devolver”, sendo diferente de fazer outra transferência. O procedimento é realizado após o acionamento pelo cliente do banco, e estorna o valor recebido para a conta que realmente originou o Pix inicial.

A instituição orienta que “basta acessar a transação que você quer devolver no aplicativo do seu banco e efetuar a devolução”.

Med (Mecanismo Especial de Devolução)

Febraban (Federação Brasileira de Bancos) anunciou em junho que sugeriu ao BC, uma melhoria no Mecanismo Especial de Devolução que atualmente só consegue bloquear dinheiro fruto de fraude apenas na conta que recebeu o recurso, a chamada primeira camada, que pode ser zerada pelos golpistas. Com o Med 2.0, o rastreio e bloqueio passarão a mais camadas para atuação.

Segundo a federação, o desenvolvimento do Med 2.0 acontecerá no decorrer de 2024 e 2025, com implantação em 2026.

*Com informações da Agência Brasil.

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