Ontem (20), toda a cidade de Nortelândia enfrentou interrupções no abastecimento de água, provocadas por rupturas na rede de distribuição ocasionadas por obras realizadas por terceiros, segundo informou a concessionária Águas de Nortelândia.
No entanto, moradores relatam que essa explicação não condiz com a experiência vivida na semana passada, quando grande parte da população ficou mais de 24 horas sem água. Na ocasião, a empresa informou que havia apenas um funcionário disponível e que outras demandas tinham prioridade, gerando revolta e questionamentos sobre a capacidade da concessionária em atender de forma eficiente toda a cidade.
A falta de água afetou diretamente a Escola Emanuel Pinheiro, que precisou suspender suas aulas, causando prejuízo ao cronograma escolar e dificultando o aprendizado dos alunos. O diretor da instituição explicou que, desde quarta-feira da semana passada, já enfrentava problemas de abastecimento e havia solicitado apoio de carro-pipa à empresa, sem sucesso.
Em nota, a empresa Águas informou:
“Desde a última sexta-feira (17/10), foram registradas três ocorrências em trechos importantes da rede, exigindo ações emergenciais por parte da equipe técnica. Os profissionais atuaram com agilidade, mas as interrupções pontuais impactaram o abastecimento em diversas residências e na Escola Emanuel Pinheiro. Para minimizar os transtornos à população, a concessionária disponibiliza seus canais de atendimento pelo número 0800 647 6060, onde os moradores podem registrar eventuais faltas de água durante este período. A empresa reforça que está em diálogo com os responsáveis pelas obras para evitar novas ocorrências e garantir a continuidade do abastecimento.”
A Prefeitura de Nortelândia também se manifestou sobre a situação da escola, esclarecendo que: “A escola não pode receber o abastecimento de água por meio do caminhão-pipa da gestão municipal, uma vez que a água distribuída será destinada ao consumo dos alunos. O veículo atualmente disponível não possui condições adequadas de higienização e transporte exigidas para água potável, inviabilizando seu uso para consumo humano. Solicita-se a adoção de alternativa que garanta a qualidade e segurança da água fornecida, em conformidade com normas sanitárias vigentes.”
Na manhã desta terça-feira (21), a água voltou à escola, mas sem força suficiente para encher as caixas d’água, mantendo a preocupação com a continuidade das aulas e o abastecimento da comunidade.
Mesmo com o retorno parcial do serviço, moradores relatam dificuldades e reclamam da falta de comunicação prévia sobre a manutenção e os riscos de desabastecimento, gerando indignação e insegurança quanto à confiabilidade do serviço.
O Expresso Notícia segue acompanhando o caso e cobrando esclarecimentos da Águas e da Prefeitura sobre medidas que evitem novos transtornos à população e garantam abastecimento seguro e regular na cidade.