Metrópoles – Das dez cidades com as maiores taxas de homicídios por 100 mil habitantes, sete ficam na Bahia. O município recordista em mortes proporcionalmente à população é Santo Antônio de Jesus, com índice de 94,1. Há 103.055 habitantes na cidade.
Na sequência, aparecem as cidades de Jequié (BA), Simões Filho (BA), Camaçari (BA), Juazeiro (BA), Altamira (PA), Sorriso (MT), Cabo de Santo Agostinho (PE), Salvador (BA) e Feira de Santana (BA).
Os dados são do levantamento “Atlas da Violência dos Municípios 2024”, elaborado pelo Instituto de Pesquisa Aplicada (Ipea). Foram levadas em conta informações do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde (MS) e do Censo Demográfico 2022 do IBGE.
Para se ter uma ideia de quanto as taxas dos 10 municípios são elevadas, basta comparar a média nacional do índice, que ficou em 21,7.
Como as taxas são calculadas por 100 mil habitantes, só entram no ranking do Ipea os municípios com população superior a este número. Este grupo, conforme o Censo do IBGE de 2022, é composto por 319 cidades.
Em números absolutos, houve 52.391 homicídios em todo o Brasil. Destes, 5.982 foram homicídios ocultos, sobre os quais não foi possível determinar a causa específica, de acordo com o Ipea.
Além dos homicídios ocultos, os responsáveis pelo levantamento do Ipea consideraram óbitos causados por agressão, intervenção policial (legal) e operações de guerra.
Regiões
Um dos destaques do levantamento do Ipea é Sorriso (MT). O município, que é o sétimo mais violento do país, é o primeiro da região Centro-Oeste. As capitais Cuiabá, Campo Grande, Goiânia e Brasília têm taxas de homicídios inferiores a 20.
A primeira cidade da região Sudeste que aparece no ranking é Itaguaí. O município da região Metropolitana do Rio de Janeiro tem taxa de 59,9 homicídios por 100 mil habitantes e é o 13ª no ranking geral. Da região Sul, Paranaguá (PR) lidera, com taxa de 52,8. A cidade é a 28ª mais violenta do país.
