A rápida soltura de motoristas presos durante as últimas edições da Operação Lei Seca em Tangará da Serra levantou debate e preocupação. Mesmo após serem flagrados dirigindo embriagados, muitos condutores pagaram fiança e foram liberados ainda na madrugada.
“Podemos arbitrar a fiança em até 100 salários mínimos. Isso significa que, nas próximas edições, esse valor pode chegar a R$ 50 mil para manter preso esse pessoal que insiste em beber e dirigir”, disse o delegado.
“O motorista pode se recusar porque é um direito, mas se houver sinais claros de embriaguez — como olhos vermelhos, fala enrolada e desorientação — ele pode sim ser autuado”, explicou Albuquerque.
A discussão sobre punições mais duras ganhou força depois de um episódio recente em Tangará da Serra: durante uma das operações, um motorista bêbado tentou fugir da blitz e quase atropelou um policial militar. O caso foi destaque no Plantão TGA e mostrou o risco real que esses condutores oferecem não só para si mesmos, mas para toda a população.
Segundo dados oficiais, Mato Grosso registrou em 2022 uma taxa de 10,6 mortes por 100 mil habitantes em acidentes de trânsito envolvendo álcool. Em Tangará, o cenário não é diferente e preocupa as autoridades.
“Nosso efetivo é muito bom e vamos pra cima desse pessoal que insiste em beber e dirigir. Essas operações têm de ser cada vez mais constantes na região”, finalizou.