O governador Mauro Mendes disse que o trabalho de prevenção às queimadas não resolverá o problema ambiental no Brasil, se não for acompanhado de medidas judiciais mais rígidas.
Segundo ele, Mato Grosso tem mais de mil bombeiros em campo, tentando controlar incêndios em mata, com investimento de R$ 76 milhões. Ainda assim, o estado aparece em primeiro lugar no índice de fogo.
A fala foi direcionada a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e a representantes do governo federal em uma audiência nesta quinta-feira (19) para debater a situação a atual das queimadas.
“Já destinamos mais de R$ 360 milhões para combater os incêndios florestais e o desmatamento ilegal, sendo R$ 75 milhões somente neste ano. Mas enquanto a tolerância a esses crimes tão prejudiciais à nação brasileira for tratada dessa forma, o problema continuará”, disse.
O governador citou um caso para exemplificar o que ele chama de “lei frouxa”. Um homem foi preso em Sorriso (398 km de Cuiabá) por atear fogo, ilegalmente, em propriedade rural. Ele foi preso, mas solto horas depois após pagar fiança de R$ 800.
Mauro Mendes também já reclamou da legislação ambiental, no âmbito de punição a infratores. As multas a donos de terra costumam prescrever por causa da lentidão no trâmite e a quantidade de recursos para anulá-la.
A audiência de conciliação foi presidida pelo ministro Flávio Dino e teve representantes de Estados dos biomas da Amazônia, do Cerrado e do Pantanal.
