Segundo o Corpo de Bombeiros, Mato Grosso deve enfrentar um período crítico com o agravamento da estiagem nos próximos meses. A umidade relativa do ar é de 5%. Nesse domingo (4), a máxima para capital deve ficar por volta de 36°C.
Desse modo, é preciso ter cuidado com os efeitos que a fumaça e o tempo podem causar às pessoas, como por exemplo, a piora de quadros respiratórios. O médico pneumologista Clóvis Botelho emitiu um alerta sobre os cuidados necessários durante esse período.
De acordo com Clóvis, as queimadas das vegetações emitem gases altamente tóxicos para as vias respiratórias e, quando inalados em grande quantidade, podem causar uma espécie de queimadura na via aérea.
O pneumologista também alerta sobre os perigos das queimadas de lixos urbanos. Botelho explica que quando as pessoas queimam plástico, a fumaça desses materiais emite substâncias cancerígenas.
Pessoa bebendo água — Foto: Crédito: Freepik
Dicas para enfrentar o tempo seco:
- Beba bastante água (cerca de dois litros por dia ou 10 copos de água de 200 ml). Ela hidrata todos os órgãos, inclusive pele e mucosa.
- Se puder, tenha um umidificador de ar em casa. Você também pode colocar uma bacia com água no ambiente ou uma toalha umedecida para minimizar os efeitos do ar seco, do ar poluído.
- Hidrate bem as mucosas com soro fisiológico – pelo menos duas vezes ao dia.
- Lave os olhos com soro fisiológico ou com colírio de lágrima artificial.
- Cuidado com bebidas alcoólicas. Elas podem refrescar, mas também desidratam.
- Mantenha a casa limpa, evitando o acúmulo de poeira.
- Evite praticar exercícios físicos das 11h às 17h.
- Use e abuse do protetor solar
- E não esqueça os hidratantes para pés, mãos e corpo
Incêndios
O comandante-adjunto do Batalhão de Emergências Ambientais (BEA), major Felipe Saboia, explicou que a estiagem severa e a baixa umidade do ar são fatores favoráveis para o surgimento natural de incêndios florestais, então é preciso que a população respeite o período proibitivo.
⚠️Conforme determina a Lei 9.605, o uso irregular do fogo associado ao desmatamento ilegal gera multa de até R$ 7,5 mil por hectare. As multas são aplicadas pelo Corpo de Bombeiros Militar e chegaram a R$ 40,5 milhões no primeiro semestre deste ano.