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Contos, toque e entender o corpo são aliados do prazer feminino

Supervalorizado, o orgasmo ganhou até dia e é celebrado neste 31 de julho. Porém, apesar de muito importante, ele não deve ser o foco principal das relações, mas uma etapa dela. O ponto alto deste momento de intimidade é diferente para homens e mulher, sendo atingido por apenas 65% delas em todas as reações, taxa muito abaixo do que os parceiros, que conseguem em 95% dos casos. Conhecer o próprio corpo é a chave para o encontro mais satisfatório.

A psicóloga com Pollyanna Tavares, especialista em psicoterapia conjugal e com formação em sexologia, explica que o orgasmo pode ser considerado uma etapa da relação sexual. É o momento em que o corpo humano vai liberar 3 hormônios diferentes: a oxitocina, a endorfina e a serotonina, que trazem uma sensação de bem-estar.

Apesar dessa fase ser, sim, importante na prática sexual, a psicóloga explicou que vê uma supervalorização apenas nesta etapa, o que não deveria acontecer. Uma relação passa da fase de desejo para a de excitação e por último atinge o clímax. Essa não deveria ser vista como a última, o fim do ato sexual, mas como parte de um processo natural.

Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos, publicada na National Library of Medicine apontou que, entre mulheres heterossexuais (que se relacionam com homens), apenas 65% delas atingem orgasmos em todas as relações sexuais, enquanto nos homens a taxa sobe para 95%. Quando a pesquisa estudou o índice em mulheres lésbicas, houve um aumento na porcentagem para 86%.

“É importante falar sobre as etapas da relação sexual. A gente começa pelo desejo, comum para o homem e para a mulher, para excitação, e por fim o orgasmo. Mas o que acontece? O desejo para os dois sexos, precisa de ter aspectos psicológicos equilibrados, e precisa de aspectos físicos. Daí já começa a ter a diferença, toda a dificuldade entre homens e mulheres”, explica Pollyanna.

A dificuldade de mulheres atingirem orgasmos também está ligada a fatores emocionais. O desejo feminino precisa ser estimulado de outras formas. Para atingir orgasmos e construir uma boa fase de excitação, é necessário conhecer o próprio  corpo e entender quais as formas de excitação e toque são mais prazerosas. É importante entender que o prazer também podem ocorrer de forma individual, sem ter um parceiro por perto, com seu próprio toque. Entender quais as formas mais funcionam para cada mulher é um passo fundamental para que a relação se torne mais prazerosa quando realizada com um parceiro ou parceira.

Pollyanna explicou que em relações homoafetivas entre mulheres, um dos fatores que fazem com que elas alcancem mais orgasmos do que em relações heteroafetivas vem do fato de que as mulheres conhecem o corpo e dão importância aos pontos de prazer.

“Pela minha experiência profissional, as mulheres têm o maior conhecimento do corpo feminino, dos pontos de prazer e elas dão importância a isso. Não basta só você conhecer, você tem que dar importância para o conhecimento que você tem na sua mão. A maioria dos homens não tem essa sensibilidade”, argumenta a profissional.

Reprodução

Pollyanna Tavares, psicoterapeuta

Pollyanna Tavares, psicoterapeuta conjugal

Por fim, a psicoterapeuta explica que é importante que cada pessoa queira saber mais sobre o prazer, o corpo e como ele funciona. Dessa forma, aproveitar as visitas à sua ginecologista para levar dúvidas e questões relacionadas, se tocar e entender o próprio corpo, falar e conversar com outras pessoas sobre o assunto vão auxiliar para que as relações se tornem mais prazerosas. O sexo não deve ser um assunto pouco falado.

“Se a mulher não tiver conhecimento sobre o próprio corpo, sobre o próprio desejo, sobre o que ela deseja viver no relacionamento, ela fica a mercê do que o parceiro ou a parceira pode entregar pra ela na relação. Ela só recebe o que estão entregando e não está vivendo a plenitude do desejo dela. Mas como é que ela pode viver essa plenitude se ela não se conhece? Então ela tem que ter, tem que desejar, tem que ter conhecimento”, incentiva.

Além disso, outra forma de conhecimento e de ver diferentes formas é por meio da literatura erótica que, além de trabalhar com a imaginação, pode estimular o desejo sexual, tendo o cérebro como um grande aliado.

“O cérebro é o maior órgão sexual que temos”, finaliza Pollyanna.

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