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Adjunto diz que mortes em presídios são crimes silenciosos na madrugada

Secretário afirmou que os homicídios acontecem dentro das celas, durante a madrugada, e só são descobertos pelos agentes no período da manhã, quando fazem as inspeções.

“São silenciosos”. Foi assim que o secretário-adjunto do Sistema Penitenciário Jean Carlos Gonçalves classificou os crimes de homicídio que ocorrem dentro dos presídios de Mato Grosso.

Em entrevista ao , o secretário-adjunto pondera que as mortes acontecem dentro das celas, durante a madrugada, e que só são descobertas pelos agentes no período da manhã, quando fazem as inspeções. “Chega na cela e está o corpo. Os colegas de cela dizem que estavam dormindo e não viram nada”, explica.

Ele explica que, logo que um homicídio é descoberto, os agentes retiram os detentos de perto e isolam o local. A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) e a Polícia Civil são acionadas e fazem os trabalhos de apuração. “Todo crime deixa vestígio. E nós temos uma perícia técnica apurada que consegue descobrir esse vestígio. Já teve caso de identificar resto de pele, na unha da vítima e do agressor também”, conta.

Após o resultado dos exames, é possível identificar quem cometeu o crime. É feito relatório pelos agentes e o autor pode acabar tendo uma nova condenação e prorrogando ainda mais o tempo na prisão. Além disso, o detento também sofre punições administrativas.

“São condenados novamente, eles são retirados, colocados em solitárias, se houver necessidade. Eles são isolados, vão responder criminalmente, administrativamente a um processo administrativo disciplinar por cometimento de falta grave”, completa.

Mortos em cela

A reportagem solicitou à Sesp dados sobre o número de casos registrados, mas não recebeu até a publicação.

Nos últimos dois meses o  noticiou ao menos que três detentos foram encontrados mortos dentro de celas do Sistema Penitenciário de Mato Grosso.

O primeiro dos casos foi o de Marco Antônio Kipper, de 28 anos. Ele foi achado morto no Complexo Penitenciário Ahmenon Lemos Dantas, em Várzea Grande, em 15 de março. De acordo com a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), o reeducando estava caído no corredor central do raio onde ele estava alojado.

Já em 14 de abril, Carlos Maciel França, de 34 anos, foi encontrado morto dentro de uma das celas do presídio Dr. Osvaldo Florentino Leite, o Ferrugem, em Sinop. Na ocasião, outro homem, de 22 anos, foi socorrido e encaminhado ao hospital. Carlos tinha diversos hematomas pelo corpo, na região das costas.

O caso mais recente foi a morte do detento Silveira Júnior Pires Rocha, de 22 anos. Ele foi achado sem vida na Penitenciária Major PM Zuzi Alves da Silva, em Água Boa (730 km de Cuiabá),em 25 de abril.

Silveira foi encontrado desacordado por volta das 15h, na cela onde estava preso. Uma equipe da unidade o socorreu até o hospital local, onde recebeu atendimento de urgência, porém, seu óbito foi confirmado logo depois. Os casos estão sendo investigados pela Polícia Civil.

jean carlos gon�alves - secretario adjunto do sistema penitenciario

Secretário-adjunto de Administração Penitenciária Jean Carlos Gonçalves pondera que não há “gritaria” e que corpos são encontrados pela manhã

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