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60% mais baratos, remédios genéricos ainda sofrem preconceitos da população

Desenvolvidos como alternativa a medicamentos de laboratórios referência no mercado e, por isso, com valor mais elevado, os genéricos são igualmente eficazes, porém vendidos a preço menor. Apesar da eficácia comprovada, ainda há pessoas resistentes e adquirir estes compostos e optam pelas marcas mais famosas. Dado que é comprovado pelas vendas que compreendem 38% do total de receitas comercializadas. O  conversou com uma especialista, que esclareceu todas as dúvidas quanto aos dois tipos de medicação.

De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos e Biossimilares (ProGenéricos), os 5 medicamentos genéricos mais prescritos no Brasil são a losartana, dipirona sódica, sinvastatina, nimesulida e sildenafila, utilizados no tratamento de hipertensão, alívio de dores, colesterol, inflamações e disfunção erétil.

Esses medicamentos não são uma exclusividade brasileira. Em outros países, como Estados Unidos, os genéricos já compõem 80% da venda. No Brasil, a lei nº 9.787, de fevereiro de 1999, surgiu para criar as normas de implantação dos genéricos no país conforme as regras estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Essa foi uma tentativa do governo federal de democratizar e disponibilizar tratamentos a pessoas que não conseguem pagar pelos medicamentos de referência, além de uma forma de gerar economia até para o Sistema Único de Saúde (SUS).

A lei de 1999 autoriza a comercialização por qualquer laboratório de medicamentos com princípios ativos que tenham suas patentes expiradas. Assim, os genéricos têm os mesmos efeitos daqueles cujos direitos de criação já não pertencem mais a uma marca específica que criou ou realizou as pesquisas para vender determinado produto.

Enquanto os medicamentos não genéricos têm um preço baseado em anos de pesquisa, marca e exclusividade, os genéricos não precisam colocar todo esse valor ao seu produto, uma vez que se utilizam de princípios e estudos já realizados.

A farmacêutica Andressa Coutinho explico que muito desse preconceito com os genéricos vêm do preço atribuído a eles.

Reprodução

Andressa Coutinho - CRF

 Andressa Coutinho – farmacêutica desde 2011

De acordo levantamento da PróGenéricos, com dados coletados do IQVIA, os remédios nas farmácias custam, em média, 60% menos que os medicamentos de referência e já geraram uma economia de mais de R$ 280 bilhões.

“As pessoas acham que quanto mais caro melhor. Mas, neste caso, não necessariamente é assim. As pessoas acham que por ser mais barato, não vai ter ação, mas não é assim. No genérico você não precisa pagar a marca, somente o princípio ativo do medicamento”, afirma a farmacêutica.

Andressa ainda explica que os genéricos são produzidos pelos mesmos laboratórios que os remédios com as patentes, o que viabiliza o preço e a disponibilidade de determinados medicamentos em farmácias. Pois, alguns medicamentos com determinados nomes são mais específicos e difíceis de se encontrar.

“O medicamento de marca tem um nome. Quando você compra um genérico, você compra o princípio ativo. É a mesma coisa, a mesma dose e a mesma forma farmacêutica de administração. Não muda nada do medicamento, a única coisa que muda é a patente, você não paga pela patente, você não paga pela marca”.

Na segunda-feira (20) foi comemorado o Dia Nacional do Medicamento Genérico, para reforçar o quanto ele é importante para a saúde da população.

O Conselho Federal de Farmácia afirma que:

Cerca de 90% das doenças conhecidas já contam com medicamentos genéricos.

85% dos medicamentos disponibilizados pelo Programa Farmácia Popular são genéricos.

Os genéricos representam 38% das vendas totais de medicamentos no Brasil.

Aproximadamente 35% dos medicamentos prescritos no país são genéricos.

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