Quarenta e cinco porcento dos municípios mato-grossenses fecharam o ano de 2023 com as contas no “vermelho”, ou seja, faltou dinheiro para custear todas as despesas do Executivo. Os dados foram divulgados pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM).
Apesar do dado alarmante, na soma de todas as prefeituras, houve superávit de R$ 396,7 milhões, já que 55% dos municípios não tiveram problemas para fechar os pagamentos do ano. Esse foi o quarto melhor resultado entre os estados brasileiros, ficando atrás apenas do Paraná, Rio Grande do Sul e Paraíba.
Segundo o estudo, entre os fatores que contribuíram para esse déficit foram os gastos com a folha de pagamento. Isso porque esse tipo de despesa teve um aumento de 13,2% no ano passado, seja pelos reajustes salarias ou pela admissão de novos servidores, o que havia sido suspenso durante a pandemia.
“Como visto, o levantamento da CNM evidencia uma piora considerável das contas públicas, sobretudo para os Municípios. Um elevado déficit primário, acompanhado de crescimento das despesas sem a contrapartida no mesmo nível das receitas, bem como o maior comprometimento da RCL com gastos de pessoal, colaboram para um ano de 2024 que tende a ser desafiador para as prefeituras brasileiras”, diz trecho do documento.
