Prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) foi apontado como o chefe da organização criminosa que desviou recursos da Saúde de Cuiabá. A informação consta no pedido do Ministério Público de Mato Grosso (MPE), que culminou no novo afastamento do gestor, nesta segunda-feira (4).
De acordo com o MP, o esquema também contava com a participação de Gilmar de Souza Cardoso (assessor executivo da Secretaria Municipal de Governo de Cuiabá), Célio Rodrigues (ex-secretário de Saúde) e Milton Corrêa Costa (ex-secretário-adjunto de Saúde de Cuiabá).
O fluxograma que mostra a hierarquia da organização criminosa expõe que Emanuel é quem dava as ordens para Gilmar, que assumia o papel de “articulador operacional”. Já Célio e Milton, foram apontados como articuladores empresariais.
“Afirmam que a existência dae uma organização criminosa coma finalidade descrita no parágrafo anterior pode ser demonstrada pela prática de inúmeras e reiteradas infrações penais que foram objeto de várias operações que recaíram no âmbito da Secretaria de Saúde”, argumenta o MP.
Esse é o segundo afastamento contra Emanuel. Vale lembrar que o gestor chegou a ser afastado do comando do Executivo municipal no dia 19 de outubro de 2021, no âmbito da Operação Capistrum, por supostamente usar contratações temporárias como moeda de troca política junto à Câmara.
O prefeito foi alvo da operação do Núcleo de Ações de Competência Originária (NACO) da Procuradoria-Geral de Justiça, que investiga atos ilícitos na SMS. Ele depois retornou ao cargo por decisão do desembargador Luiz Ferreira, que acatou seu recurso.